Em noite de jogo decisivo, atleticanos fazem do Bar do Salomão, tradicional reduto alvinegro no bairro Serra, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, um puxadinho a distância do Allianz Parque, onde o Galo enfrenta o Palmeiras.
Antes de a bola rolar para o duelo de volta das quartas de final da Copa Libertadores, os torcedores/clientes cantaram o hino do clube e músicas de incentivo ao time, como se pudessem, pela TV, transmitir uma energia positiva aos jogadores.
Logo após o apito inicial, olhares atentos nas três televisões instaladas na parte de fora do bar, para atender clientes que ocupam as mesas da calçada e também às dezenas e dezenas de torcedores que simplesmente param por lá, sem pretensão de gastar, e ocupam boa parte da via, restringindo o espaço para dos carros.
Reclamações contra a arbitragem, palavrões e demonstrações de esperança com uma bola roubada... Quem assiste ao duelo nas ruas Amapá e do Ouro se sente na geral ou na arquibancada do Mineirão — neste segundo caso, para quem chegou cedo e conseguiu uma disputadíssima cadeira.
Do outro lado da rua do Ouro, um policial militar aproveita a escala para trabalhar em frente ao bar e, de longe, tenta pescar alguns lances da partida. Em dia de jogo grande, ninguém é de ferro.