Novo capítulo

Ação que pedia nova eleição no conselho do Cruzeiro é extinta pela Justiça

Decisão judicial baseou-se na “perda do objeto em discussão, no caso, a suspensão da eleição de dezembro de 2017

Por Josias Pereira
Publicado em 15 de agosto de 2019 | 09:26
 
 
 
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Os bastidores do Cruzeiro sofreram mais uma reviravolta. Na noite dessa quarta-feira, o juiz Luiz Gonzaga Silveira Soares, da 10ª Vara Cível de Belo Horizonte, decidiu pela extinção do processo, impetrado ainda em 2017, que pedia a suspensão da eleição do conselho deliberativo do Cruzeiro por conta da irregularidades, como a duplicidade de nomes nas duas chapas que concorreram no pleito. 

Dessa maneira, foi suspensa a possibilidade de uma nova eleição, como havia sido estabelecido na primeira decisão judicial, expedida no dia 26 do mês passado. Essa nova eleição chegou a ser solicitada por Zezé Perrella, presidente do conselho deliberativo, mas a atual gestão do Cruzeiro entrou com recurso solicitando a extinção da decisão judicial e garantindo o direito de ação de 190 conselheiros, que passariam a ser considerados inelegíveis no pleito que se desenhava, sendo assim impedidos de realizarem suas funções dentro do conselho. Esses 190 nomes apareciam de forma repetida nas chapas "Pelo Cruzeiro Tudo, do Cruzeiro Nada” e “Somos Todos Cruzeiro”, essa última a vencedora no pleito de 2017 e ligada ao presidente Wagner Pires de Sá. 

A decisão do juiz Luiz Gonzaga Silveira Soares, a expedida nessa quarta-feira, baseou-se na “perda do objeto” em discussão, no caso a suspensão da eleição, uma vez que João Carlos Gontijo Amorim, ex-presidente do conselho deliberativo, desistiu do recurso por meio de liminar. À época, João Carlos conseguiu um efeito suspensivo revogando uma liminar que havia cancelado a eleição para formação do quadro de conselheiros do Cruzeiro. À época, o então presidente do conselho garantiu que as duplicidades foram eliminadas, o que garantiria a lisura do pleito. 

Apesar da decisão dessa quarta-feira, o mesmo grupo que entrou com a ação solicitando a anulação da eleição possui outro instrumento que corre na Justiça mantendo o pedido de cancelamento do pleito de 2017, alegando que João Carlos Gontijo não seguiu as normas do estatuto do Cruzeiro ao convocar a assembleia por e-mail. 

Nos últimos dias, o presidente Wagner Pires de Sá chegou a enviar um áudio a grupos de WhatsApp de conselheiros garantindo a sequência dos 190 membros da assembleia celeste que poderiam ter seus nomes desvinculados do quadro do clube, além da certeza de que a diretoria estava tomando as medidas judiciais necessárias em prol da eleição realizada em 2017.

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