Bastidores em ebulição

Cruzeiro: às vésperas de votação sobre SAF, presidente do Conselho renuncia

Ás vésperas de votação sobre o contrato da SAF, Nagib Simões renuncia ao cargo de presidente do Conselho Deliberativo, mas ressalta ser favorável a venda das ações para Ronaldo

Por Frederico Teixeira
Publicado em 01 de abril de 2022 | 21:03
 
 
 
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Os bastidores do Cruzeiro seguem em ebulição. Nas vésperas da votação sobre possíveis alterações no contrato da SAF solicitadas por Ronaldo, Nagib Simões comunicou na noite desta sexta-feira (1) sua renúncia ao cargo de presidente do Conselho Deliberativo do clube. Em seu comunicado, entretanto, ele fez questão de afirmar ser favorável à venda das ações ao ex-jogador e hoje empresário.

"Com a consciência tranquila, de ter feito todos os esforços na busca do melhor para o nosso Cruzeiro Esporte Clube, tanto eu quanto todos aqueles que, junto comigo, trabalharam arduamente ao longo de quase dois anos à frente desta entidade, é neste tempo que estou colocando um fim nesta jornada. Ressalvo que sou a favor da Aprovação da compra do Cruzeiro através do Sr Ronaldo Nazário", destaca primeiro trecho da nota assinada por Nagib e enviada ao presidente do clube, Sergio Santos Rodrigues.

O conselheiro chegou a citar o momento delicado nos bastidores do Cruzeiro, mas, ainda assim, alegou que a renuncia foi motivada por questões pessoais. "Assim, em virtude do conturbado momento do clube, após muita reflexão e por motivos de compromissos profissionais, concluo que esta é a melhor decisão para a instituição, RENUNCIO ao cargo de Presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro Esporte Clube. Saliente ser esta decisão irrevogável e irretratável".

Nagib vinha sendo muito pressionado por conselheiros e torcedores do Cruzeiro para votar a favor da transferências das Tocas I e II para a SAF, uma das principais solicitações de Ronaldo para seguir adiante com o processo de compra de 90% das ações.

Nagib pertence a ala do Conselho que era aliada ao ex-presidente Wagner Pires de Sá, que renunciou em dezembro de 2019 e se tornou réu na Justiça por falsidade ideológica, apropriação indébita e formação de organização criminosa enquanto comandou o Cruzeiro.
 

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