A vitória do Cruzeiro sobre o Bahia (1 a 0) teve muita emoção e boa dose de drama. Na tarde deste sábado (23), a Raposa não superou apenas o Tricolor no Mineirão, pela 20ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Após a partida, jogadores tornaram público o problema que comprometeu a preparação visando à partida e, por pouco, não desfalcou a equipe do técnico Paulo Pezzolano. A passagem por Maceió, para o duelo contra o CSA (1 a 1), na última quarta-feira, provocou intoxicação gastrointestinal em metade da delegação.

Nessa sexta-feira (22), na véspera do duelo contra a equipe baiana, não foi possível sequer ter treino, porque a maioria dos jogadores não tinha condição de trabalhar. A comissão técnica não sabia ainda com quem poderia contar. Prova disso que nem a lista de relacionados, habitualmente divulgada um dia antes, foi informada.

“Estava todo mundo com diarreia, sete casos. Eu era um deles. O departamento médico fez de tudo para eu estar em campo. Agradeço muito a eles”, revelou o goleio Rafael Cabral, que teve participação decisiva na vitória sobre o Bahia.

Apesar dos problemas, o goleiro do Cruzeiro contou que o grupo se uniu para superar a adversidade e representar o clube. “Quando entramos em campo, somos julgados e analisados. Ninguém sabe o que passamos para ir a campo. Mesmo com um jogador a menos (Eduardo Brock foi expulso), corremos muito e nos dedicamos. Poucas vezes, trabalhei em um grupo como esse: humilde, trabalhador e que sabe das limitações”, enalteceu o goleiro.

A causa exata para o mal-estar da delegação estrelada em Maceió ainda não foi identificada. Mas, o clube tinha noção de que a viagem ao Nordeste poderia causar estragos, em função de problema sanitário pelo qual passa o município alagoano.