Novo aprendizado

Cruzeiro: juventude e conceitos de Felipe Conceição revigoram veteranos celestes

Ideias do novo treinador cruzeirense ganharam elogios de Rafael Sóbis, que destacou trabalho do comandante

Por Josias Pereira
Publicado em 24 de fevereiro de 2021 | 08:00
 
 
 
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Aos 41 anos, Felipe Conceição é um comandante de trajetória ainda recente no futebol nacional. Atacante de habilidade, com passagens pela seleção brasileira sub-20, onde chegou a atuar ao lado do goleiro Fábio e de Ronaldinho Gaúcho, Felipe era apontado como uma das grandes joias do Botafogo no fim dos anos 1990, ganhou até mesmo o apelido de “Tigrão” pela cor dos cabelos, mas teve sua carreira marcada por lesões e não conseguiu virar o jogador que muitos esperavam. Mas Felipe deixou o 'Tigrão' de lado e pavimentou o seu caminho como técnico a partir de 2012, no São Gonçalo, se sagrando campeão da Terceira Divisão Carioca.

Um treinador estudioso e intenso. Os jogadores que o digam. Não importa quem seja. Dos mais novos aos mais veteranos, a galera anda suando na Toca da Raposa II na curta pré-temporada. Quem elogia o professor é Sóbis. Os dois estão separados por seis anos. Quando o atacante gaúcho começou a despontar no profissional do Internacional, em 2004, Felipe Conceição já tinha passado por quatro clubes e retornado ao Botafogo.

Agora, Sóbis admite, caminha para o fim de carreira, mas vem aprendendo com Felipe situações de jogo que nunca tinha visto. "Ele (Felipe Conceição) é um treinador jovem, muito intenso, muito estudioso, (possui) ideias de trabalho sensacionais, eu já em fim de carreira estou tendo trabalhos que nunca tive e está me exigindo ao máximo. Independementemente do jogador, atleta, da idade, ele tem um perfil que é sempre melhorar todo mundo, querendo que todos estejam no seu auge", declarou o atacante. 

Dentro da jornada de Conceição como técnico, o Cruzeiro é, sem dúvidas, o maior desafio. A oportunidade de também dar fim aquele 'gostinho' de quase que vem acompanhando sua carreira nos últimos anos. Em 2019, bateu na trave com o América, que ficou a um ponto de voltar à elite após um segundo turno avassalador. No começo de 2020, no Red Bull Bragantino, conseguiu o feito de conduzir a equipe do interior ao melhor desempenho da primeira fase do Paulista.

Depois de resultados ruins no começo do Brasileirão, foi demitido e se transferiu ao Guarani, conseguindo reerguer uma equipe que lutava para não ser rebaixada e fazê-la brigar pelo acesso. O Guarani, no entanto, sofreu um surto de Covid-19 na reta final e terminou a Série B em 13º. O novo técnico do Cruzeiro tem a missão de reconduzir um gigante a Série A e, para tanto, conta com armas bem definidas: o jogo coletivo, a intensidade, a busca pelo ataque e a vontade de fazer história. Combinação que agrada ao torcedor celeste e traz esperança.

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