Mentalidade ofensiva

Cruzeiro: 'Não é onde me sinto confortável', diz Conceição sobre atuar recuado

Treinador explicou substituições no segundo tempo do clássico e valorizou filosofia de jogo contra o Atlético

Por Josias Pereira
Publicado em 12 de abril de 2021 | 14:54
 
 
 
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Após balançar as redes do Atlético no clássico do último domingo (11), o técnico do Cruzeiro, Felipe Conceição, promoveu algumas alterações no decorrer da segunda etapa, especialmente no meio-campo, promovendo a entrada de três volantes: Jadson, Matheus Neris e o experiente Rômulo. Cuca lançou mão de vários jogadores para povoar o ataque, mandando a campo peças como Nathan e Hulk. 

A julgar pelas mexidas, poderia se dizer que o Cruzeiro estava em busca da manutenção do resultado. Porém, o técnico Felipe Conceição apontou que ver o seu time atuando defensivamente não é algo que está dentro de sua filosofia de jogo. A entrada dos atletas foi justamente para tentar manter um padrão. Conceição, em entrevista ao programa 'Seleção SporTV', destacou sua mentalidade ofensiva de partida, algo que até foge dos padrões que o Cruzeiro se acostumou a adotar desde a era Mano Menezes. 

"É lógico que na montagem do elenco, você busca ter jogadores que encaixam dentro da filosofia. Nem sempre você consegue 100%. Na maioria das vezes não irá conseguir. Mas a gente buscou atletas com essa verticalidade, atletas agressivos, com uma idade mais jovem para mesclar com as referências que o Cruzeiro já tinha, como o Sóbis e o Fábio. A gente não pode fugir do processo dessa construção. Até em momentos delicados da partida, eu não queria que a equipe recuasse de maneira nenhuma e tem momentos do jogo, principalmente em jogos como esse, que o adversário vem com tudo realmente, vai te empurrar para trás", declarou Felipe Conceição, que ainda avaliou a Raposa como melhor postada durante a maior parte do confronto. 

"Mas as substituições foram para que mantivéssemos o padrão de jogo que começamos a partida e nos deu até o merecimento da vitória. Fomos melhores, no meu ponto de vista, a maior parte do jogo. É isso que eu busquei com as substituições e não de puxar a equipe para trás. Pelo contrário. Isso me incomoda muito, até no meu estilo de jogo, no que eu acredito de um futebol ideal para minhas equipes, ver minha equipe recuada e sofrendo, não é onde me sinto mais confortável. É isso que estamos construindo aqui, é o que eu acredito, o que o Cruzeiro precisa, para conseguir o acesso que é o principal objetivo do ano", acrescentou Conceição. 

Apesar de muitos esperarem um Cruzeiro tentando explorar a velocidade diante do Atlético, dando mais bola para o adversário, desde o início, a Raposa promoveu uma marcação alta e anulou boa parte das peças ofensivas alvinegras, dentre elas o meia Nacho. 

Com a vice-liderança do Campeonato Mineiro, com 17 pontos conquistados, o Cruzeiro agora foca suas atenções para a Copa do Brasil. Na próxima quarta-feira (14), pega o América, em Natal, pela segunda fase do torneio nacional. A partida é única e um empate leva a disputa da vaga para os pênaltis. Avançar à terceira fase dará ao Cruzeiro mais R$ 1,7 milhão nos cofres, se juntando aos R$ 2,5 milhões conquistados pela participação na primeira fase e o avanço à etapa seguinte da Copa do Brasil. 

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