Em parceria com o Observatório da Discriminação Racial no futebol, o Cruzeiro vai atuar no primeiro tempo da partida contra o Figueirense, na noite desta sexta-feira, no Mineirão, com camisas que possuem expressões racistas que precisam ser riscadas da nossa sociedade, justamente na data que se celebra o dia da consciência negra.
Mas, além disso, o time ainda solicitou ao trio de arbitragem que o minuto de silêncio em luto às vítimas da Covid-19 no Brasil seja também destinado ao João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, negro que foi espancado e morreu em uma unidade do Carrefour, em Porto Alegre. A morte de João Alberto motivou protestos em todo o país, inclusive na capital mineira.
A ação que o Cruzeiro propôs para a primeria etapa desta partida traz uma lista de expressões que estão no cotidiano da sociedade brasileira, mas que denotam o racismo estrututal, termos como “serviço de preto”, “nega maluca”, "denegrir”, “criado mudo”, “lista negra”, “coisa de preto”, “da cor do pecado” e “a coisa tá preta”.
Além das frases, as camisas dos atletas do Cruzeiro contarão com um patch do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, parceiro da Raposa nesta iniciativa.