O improvável existe no futebol. Talvez, por isso, o esporte seja o mais popular do planeta. É exatamente do improvável que o Cruzeiro precisa agora, após a derrota por 2 a 0 para o Grêmio, na noite de ontem, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.
Para permanecer na Série A do Campeonato Brasileiro, a Raposa tem que vencer o Palmeiras, no Mineirão, e torcer por uma derrota do Ceará para o Botafogo, no Engenhão. As duas partidas serão realizadas às 16h de domingo.
Não que uma vitória azul sobre o Palmeiras seja impossível, mas pelo que o time vem apresentando nos últimos meses, a proeza chega perto disso. O pesadelo da Série B está cada vez mais perto de se tornar realidade.
O jogo. O Cruzeiro começou a partida bem postado no campo de defesa, esperando o Grêmio tomar a iniciativa. O Cruzeiro conseguiu suportar a pressão inicial e até marcar presença no ataque algumas vezes, mais na base do coração do que da técnica, chegando a incomodar o goleiro Paulo Victor, num lance com Éderson. O fato é que o Grêmio, mesmo com mais posse de bola e força ofensiva, não teve talento para furar o bloqueio cruzeirense, e o 0 a 0 foi até o final do primeiro tempo.
O jogo foi mais animado na etapa final. O Cruzeiro marcou mais presença no campo de ataque, e o Grêmio manteve a postura ofensiva. O drama cruzeirense aumentou quando, aos 13 minutos, Robinho se contundiu. Como Adilson já tinha feito as três substituições, o time ficou com um a menos em campo.
O castigo não demorou. O Grêmio abriu o placar oito minutos depois, com Ferreira, após boa jogada de Pepê. O Cruzeiro, totalmente desmantelado física e psicologicamente, ainda viu o Tricolor Gaúcho marcar o segundo gol, com o garoto Pepê cobrando um pênalti sofrido por ele mesmo.
Ainda resta uma luz no fim do túnel, mas os cruzeirenses esperam que não seja mais um trem na contramão.