Da admiração à parceria: o encontro de Pedro Bicalho e Moreno no Cruzeiro

Quando Pedro Bicalho chegou ao Cruzeiro, ainda garoto, o time principal vinha de um bicampeonato brasileiro. As projeções do atleta de 13 anos, na época, miravam jogadores como Marcelo Moreno, que conduziu o ataque celeste em 2014. Passados quase seis anos, o volante está tendo suas primeiras oportunidades com a ascensão ao principal, mas em novo cenário vivido pelo clube. Ainda, quem o encantava quando ainda trilhava a base, não está apenas jogando ao seu lado, como dando assistência para gol.  

“Faz cinco anos que estou no Cruzeiro. Um momento inesquecível para mim, porque foi meu primeiro gol pelo profissional, ainda mais atuando ao lado do Moreno, que é um craque de bola. Ele deixou fácil para mim com o passe”, aponta o volante Pedro, autor do primeiro gol do Cruzeiro nesse domingo (1º), na vitória por 2 a 1 sobre o Uberlândia. O jogo marcou também a reestreia de Moreno com a camisa da Raposa.

Com 18 anos, Pedro Bicalho foi acionado por Adilson Batista para integrar o profissional em 2020. Contra o Uberlândia fez apenas o segundo jogo como titular, marcando o primeiro gol da carreira pelo time principal da Raposa. Neste ano, o jovem chegou a defender a camisa celeste na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Já pelo Mineiro, tem jogado de volante, mas já deixou avisado que pode dar mais opções ao treinador da Raposa.

“Na base joguei de meia e posso fazer as duas posições para o Adilson”, pontua Pedro, ainda em meio à timidez natural de um jogador que vem tendo suas primeiras oportunidades. 

Quanto ao novo companheiro, Pedro rendeu muitos elogios. Depois do jogo contra o Uberlândia, o jovem volante e o experiente Marcelo Moreno passavam juntos pelo corredor em que estava a imprensa, quando o boliviano pediu para que Pedro falasse primeiro com os jornalistas. Se em 2014 Pedro via Moreno voar no ataque celeste, agora os dois caminham lado a lado na reconstrução do clube.

“Moreno é um cara de grupo. Quando chegou, ele se enturmou muito rápido com todo mundo, com os mais jovens. Está sendo um convívio muito bom. Ele é craque”, aponta Pedro Bicalho. 

O volante, que também pode jogar de meia, chegou ao Cruzeiro num momento de estrelismo do clube. Agora, vive o cenário de reconstrução após queda inédita para a Série B. Com 13 anos, Pedro Bicalho não imaginava que sua ascensão seria num panorama como o que o Cruzeiro vive atualmente. Adilson tem usado bastante base, e o versátil meio-campista surge como uma das boas possibilidades.