Ficha caindo

Destaques do Bola de Prata analisam queda do Cruzeiro para a Série B

Técnicos e jogadores que conheceram clube de perto lamentam má temporada, mas sabem que segunda divisão pode ser chance única de reorganização

Por Daniel Ottoni - enviado especial a São Paulo*
Publicado em 09 de dezembro de 2019 | 18:35
 
 
 
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O rebaixamento do Cruzeiro foi um assunto inevitável na premiação do Bola de Prata, uma das maiores festas do futebol brasileiro, realizada nesta segunda-feira, no Memorial da América Latina, em São Paulo. Entre todos os presentes, alguns têm relação direta com o Cruzeiro, tendo acompanhado de perto todo o drama vivido pelo clube da Toca da Raposa em 2019. 

Nos últimos anos, o meia Arrascaeta viveu uma outra realidade no time celeste. Foi bicampeão da Copa do Brasil antes de rescindir contrato e ir defender o Flamengo, fazendo parte do elenco campeão da Libertadores e Brasileiro em 2019. 

"Nesses anos, não prestigiamos tanto o Brasileirão, ficamos longe das primeiras colocações. Neste ano, eles estavam bem na Libertadores e na Copa do Brasil. Sabemos como o Campeonato Brasileiro é duro, foi uma edição muito difícil para eles. Ninguém teria como prever se seria rebaixado ou não", comenta. 
Sentiu na pele

O goleiro Diego Alves, do Flamengo, sabe com dói fazer parte da segunda divisão. Em 2006, ele disputou a série B pelo Atlético, fazendo parte de um caminho de reconstrução que acabou sendo importante para o reerguimento do clube. 

"Passe por um momento difícil na história do Atlético. O torcedor não entendia. Vendo hoje, serviu para reestruturar. O Cruzeiro vai passar por este tipo de reconstrução e remodelação do seu elenco. Torcemos por um time como este, um grandes do país, fazer uma grande série B e voltar para a elite. Mas que seja de uma forma organizada, que possa propor boas coisas para seus atletas", indica. 

Ficha caindo

Técnico do Cruzeiro em 2011, Joel Santana ainda assimila o golpe da queda. 

"Fiquei muito surpreso, até pelo que está acontecendo lá dentro. Estive lá, sei da potência que é. Um time que tem Fred, Fábio, entre outros de alta qualidade e e competência, aliados com uma torcida como esta, você jamais pensa que vai cair. Era mais fácil acertar na loto do que prever essa queda. É uma pena, mas às vezes você perde para melhorar, dando um passo atrás para ir pra frente. Eles erraram muito e quem vai pagar esta conta é o clube", pondera.

*repórter viajou a convite da organização

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