Padrão de jogo definido ajuda Cruzeiro a manter vantagens

Com um time encaixado, entrosado e com um padrão de jogo definido por um treinador que comanda a equipe há mais de duas temporadas, o Cruzeiro mais uma vez controlou uma partida importante. Cadenciando o jogo, a equipe de Mano Menezes usou suas principais qualidades. Com os laterais bem postados e um bloqueio eficiente proporcionado pelos volantes, o Cruzeiro impediu que o Emelec incomodasse Fábio na maior parte do tempo - exceto por um lance no segundo tempo que parou no goleiro da Raposa.

Bem organizado atrás, o Cruzeiro conta com jogadores que sabem ter paciência para trabalhar a jogada até chegar ao gol. Foi assim até no tento anulado de Rodriguinho. O entrosamento e a qualidade dos jogadores ajuda e o quarteto ofensivo trabalha a bola até encontrar espaço para infiltrar na defesa adversária. E a recomposição também é muito bem feita, especialmente por Robinho - e, posteriormente, por Rafinha.

Como de praxe, depois do gol, o Cruzeiro administra a vantagem e sempre deixa o torcedor com receio de sofrer uma pressão que pode resultar em gol. Em Guayaquil também poderia ter acontecido uma vitória com um placar mais dilatado e uma vantagem maior e mais tranquila para administrar. 

Para dar mais tranquilidade ofensiva ao Cruzeiro falta uma chegada com mais qualidade dos volantes. Romero e Henrique não têm essa característica e quando chegam, não finalizam com perfeição - o que, se acontecesse, poderia ser um fator surpresa e tanto. 

Na defesa, quando precisam sair da área para dar combate ou eventualmente iniciar uma jogada, Dedé e Léo às vezes exageram na força e cometem faltas desnecessárias. São ajustes que precisam ser feitos e que podem fazer a diferença futuramente.