"O mais importante é tentar inspirar as pessoas para que elas sejam ótimas no que elas quiserem fazer”, disse certa vez Kobe Bryant. Ele sempre será meu ídolo. E uma inspiração para toda a vida. Recordo-me do início na NBA onde o garoto de Lower Merion High School passou zerado. Da decepção e das dúvidas, ele construiu um legado incomparável.
Cinco títulos da NBA, quarto maior pontuador da história da Liga, um jogador que nunca se intimidou quando o momento de decisão lhe bateu à porta. O atleta mais próximo de Michael Jordan que eu já vi. Dos lances praticamente idênticos à obsessão pela grandeza do camisa 23 do Chicago Bulls. Kobe sempre sendo Kobe.
A mentalidade vencedora sempre conflitou com egos, até dele mesmo. Mas tudo que ele sempre visualizou no horizonte foi a vitória. E comandando times históricos ao lado de ícones como Shaq e Pau Gasol, mais bandeiras foram acrescentadas aos títulos do Lakers no Staples Center, o ginásio da franquia californiana.
Uma história de amor com apenas um time. Kobe sempre será a cara do Lakers, colocando suas camisas 8 e 24, duas de uma só vez, aposentada entre lendas como Kareem Abdul-Jabbar e Magic Johnson. Você, Kobe, me ensinou a amar o basquete. Você, Kobe, me ensinou a amar o Lakers.
Quando toda a minha vida ainda era uma incógnita, você me inspirou a ser o melhor que posso no que me proponho fazer. Quando você caiu, em uma lesão terrível no Aquiles, senti a dor em mim mesmo. Mas que do você retornou mostrando a resiliência inabalável, me senti fortalecido a lutar. Quando você se aposentou naquele jogo histórico, eu chorei nos últimos minutos que te via em quadra. E hoje lamento por saber que não teremos mais a sua presença física para continuar fomentando esse jogo chamado basquete.
Obrigado pelas memórias, pelas frases, pelas jogadas e por me fazer acreditar que a vida é muito curta para se emaranhar em problemas e desanimar. Como você disse em sua despedida das quadras: “Não importa o que farei depois, sempre serei aquele garoto, com aquelas meias enroladas, lata de lixo no canto, cinco segundos no relógio e bola na minha mão, 5 … 4 … 3 … 2 … 1". Te amo para sempre.