A pandemia do coronavírus atingiu todos os níveis do esporte nacional. Não só os times de alto rendimento foram prejudicados, assim como equipes de base e projetos sociais. Estes, pela dificuldade econômica, encontram ainda mais trabalho para se readequar à nova realidade. 

O projeto 'Esporte na Cidade', da ONG 'De Peito Aberto', tem feito o que está ao seu alcance para seguir atendendo quase 1.1000 crianças. Em Minas Gerais, além do Barreiro, o projeto atende na região leste de Belo Horizonte, Brumadinho, Ibirité, Sete Lagoas, Taquaraçu de Minas e Contagem. As modalidades contempladas são futebol de campo, judô e iniciação esportiva (basquete, handebol, futsal e vôlei). O Projeto Esporte na Cidade é realizado via Lei Federal de Incentivo ao Esporte com patrocínio de grandes empresas. São atendidos meninos e
meninas entre sete e 17 anos de idade com aulas gratuitas. 

“Assim que ficamos impossibilitados de levar educação para os campos, as quadras e os tatames, pensamos que tínhamos que atingir nossos alunos de alguma forma. Em home office, nossa equipe chegou à conclusão que o caminho passava pelo mundo digital. Mobilizamos a equipe de professores para a criação de conteúdo de aula em formato de vídeo. Passamos a abastecer nossas redes sociais e também os grupos de Whatsapp dos projetos com esses materiais. O que não podíamos, de maneira alguma, é deixar de transmitir conhecimento e gerar impacto social positivo”, conta Wenceslau Madeira, diretor-presidente da De Peito Aberto.

As aulas seguem remotamente, com as adaptações necessárias para que os alunos não fiquem parados. Além disso, também foram elaboradas atividades lúdicas, como jogo dos 7 erros, desafios, jogo de perguntas dentro dos stories do Instagram e conteúdos teóricos com
disponibilização de texto. 

“As alunas participam bem. O engajamento da família ajuda muito
nesse processo. Percebo que as jovens que têm a família mais presente
participam mais. Um diferencial muito legal a participação de mães, pais, irmãos. Isso é muito legal para despertar o sentimento de pertencimento em relação ao projeto. Acredito que é uma forma de acolher as alunas nesse momento complicado que estamos vivendo”, detalha o professor Guilherme Conde.