Festa em preto e branco

Galo bate o Cruzeiro e conquista o tricampeonato mineiro

Em jogo equilibrado, Atlético conta com peças decisivas para fazer 3 a 1 na Raposa e garantir a festa da massa atleticana no Mineirão

Por Rodrigo Rodrigtues
Publicado em 02 de abril de 2022 | 18:27
 
 
 
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Depois de cinco anos, as torcidas de Atlético e Cruzeiro tiveram a oportunidade de dividir o Mineirão ao meio, para assistir ao confronto mais esperado da temporada e fazer grande festa nas arquibancadas. No gramado, Galo e Raposa fizeram um duelo equilibrado, porém, mais "brigado" do que jogado.

Com as forças relativamente parelhas, a diferença foi feita por quem tem mais peças decisivas e talentos à disposição. Hulk, num arremate certeiro de fora da área e em cobrança de pênalti, e Nacho Fernández, após lindo drible e bomba indefensável garantiram a vitória por 3 a 1 e o tricampeonato mineiro para o alvinegro. Edu descontou. 

Façanha que o lado preto e branco de Belo Horizonte não festejava há 40 anos, quando o Atlético emplacou a sequência triunfante de três títulos consecutivos (1978/1979 e 1980), que culminou com o hexacampeonato, em 1983, maior sequência de títulos estaduais da era profissional do futebol mineiro.

À metade azul da capital mineira resta o alento por dias melhores, após duas temporadas para serem esquecidas. O time de 2022 apresentou evolução com a chegada de Paulo Pezzolano, mas ainda carece de qualidade para brigar pelo principal objetivo na temporada, que é o retorno à elite do futebol nacional, em 2023.

O jogo

O Cruzeiro começou a partida marcando o Atlético sob pressão, que optou por esperar a Raposa da linha do meio-campo para trás. Apesar disso, o time estrelado encontrou muita dificuldade para armar as jogadas, talvez sentindo falta de meias com maior capacidade de criação. 

Em contrapartida, dificultou as ações ofensivas do Galo que, quando chegou, foi muito mais por falhas individuais e coletivas do rival, do que por mérito próprio. Na trama letal, Hulk conduziu a bola da direita para o meio e soltou a bomba de fora da área. Rafael Cabral não reagiu a tempo de interceptar e impedir o primeiro gol do Galo, aos 30 minutos.

O Cruzeiro sentiu o golpe, o jogo ficou nervoso e as melhores oportunidades criadas foram no fim da primeira etapa, quando chegou três vezes entre os 42 e 45 minutos, com Vitor Leque, Pedro Castro e Edu.

Em desvantagem no placar, a Raposa voltou mais ofensiva e dominou o início da segunda etapa, mas pecou no momento de decidir. O Galo controlou o jogo e construiu o placar do título. Nacho Fernández entrou pela esquerda da grande área, deu um lindo drible em Rômulo e fuzilou Rafael Cabral, aos 19. Aos 34, Hulk converteu pênalti sofrido por ele mesmo e marcou o terceiro. Edu, aos 44, descontou, mas de nada adiantou.

Ficha técnica
Atlético 3 x 1 Cruzeiro

Motivo: final do Campeonato Mineiro

Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)

Gols: Hulk, aos 30 minutos do primeiro tempo; Nacho Fernández, aos 19, Hulk, aos 34, e Edu, aos 44 minutos do segundo tempo

Cartões amarelos: Réver, Nacho Fernández, Allan e Hulk (Atlético); Edu, William Oliveira e Rafael Cabral (Cruzeiro)

Árbitro: Felipe Fernandes de Lima (CBF/MG)

Assistentes: Guilherme Dias Camilo (FIFA/MG) e Celso Luiz da Silva (CBF/MG)

Público 53.572
Renda: R$ 4.851.600

Atlético: Everson; Mariano, Nathan Silva, Réver e Guilherme Arana; Allan (Otávio), Jair (Eduardo Sasha), Zaracho e Nacho Fernández (Júnior Alonso); Hulk e Keno (Ademir). Técnico: Antonio Turco Mohamed

Cruzeiro: Rafael Cabral; Rômulo, Oliveira, Eduardo Brock e Rafael Santos; Willian Oliveira (Miticov), Fernando Canesin (Adriano) e Pedro Castro (João Paulo); Vitor Roque (Daniel Júnior), Edu e Vitor Leque (Waguininho). Técnico: Paulo Pezzolano

 

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