Prestes a completar 40 anos, Carol Gattaz comemora chegada em Tóquio

Relembrar o corte que sofreu às vésperas dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, é algo muito dolorido para a central Carol Gattaz. Na época, a jogadora participou de todo o ciclo olímpico, mas, na última convocação do técnico José Roberto Guimarães, recebeu a notícia de que não iria disputar a Olimpíada. O mundo para ela desabou. A jogadora até voltou a defender a seleção brasileira, mas acabou perdendo espaço.

A sua última convocação havia sido em 2013. Carol se reergueu em quadra e mostrou que desistir de um objetivo não é para ela. Prestes a completar 40 anos, a riopretense quer provar que o sonho que parecia distante sempre esteve vivo dentro dela.

“Eu lembro que, na época, o corte foi uma coisa bem traumática para mim. Eu sentia que seria cortada, mas na hora que a gente recebe a notícia é uma coisa muito dolorida. Dói bastante”, relembrou a central.

Carol Gattaz defende o Minas Tênis Clube desde a temporada 2013/14. Ao longo desses oito anos, herdou a posição de capitã do time da rua da Bahia, voltou a ganhar os holofotes, comandou a equipe mineira nas recentes conquistas da Copa Brasil, do Sul-americano e da Superliga, e também voltou a chamar a atenção de Zé Roberto. “Vestir a camisa seleção após oito anos foi a chama que reacendeu o meu sonho. Foi uma coisa que eu não imaginava. Vou comemorar os meus 40 anos em Tóquio. Disputar uma Olimpíada era um sonho que eu achava que era distante, mas acabou acontecendo, graças a muita dedicação, muito trabalho durante esses anos todos, principalmente, no Minas Tênis Clube. Sempre sonhei em jogar uma Olimpíada. Estou muito feliz”, completou a jogadora, que faz aniversário no dia 27 de julho.

A estreia da seleção feminina de vôlei será na manhã deste domingo (25), às 9h45, contra a Coreia do Sul. O Brasil está no grupo A, que vai enfrentar também República Dominicana, Japão, Sérvia e Quênia.