Enfim, temos a Seleção. Sim, “Seleção” em caixa alta. A nossa Seleção. Por mais que tenhamos algumas divergências com Tite sobre um jogador ou outro, não tenho dúvidas que a coerência prevaleceu na hora de definir os nomes.
O técnico preferiu atletas com quem conviveu nos clubes e os inquestionáveis, que estariam na equipe de qualquer cidadão brasileiro. E convenhamos: não dá muito para discutir com o comandante que mudou o rumo do time nacional em tão pouco tempo e com grande maestria.
No gol, a segurança de Alisson e o talento de Ederson foram cruciais. O primeiro, o grande camisa 1 da Roma, evoluiu e provou que é um dos melhores goleiros do mundo. Já o segundo, que viveu uma fase espetacular no Benfica, foi contratado a peso de ouro pelo Manchester City, e mostrou seu valor. Não vou entrar no mérito desse ou daquele goleiro não chamados. É a posição de confiança de qualquer treinador. Na defesa, Geromel, do Grêmio, mereceu.
As laterais, que ontem eram o grande problema de Tite devido à lesão de Daniel Alves, foram solucionadas com Marcelo, Filipe Luís, Danilo e Fagner. Talvez, pela experiência e característica, Rafinha, do Bayern de Munique, poderia ter sido lembrado. Porém, o empenho ofensivo do jogador dos Citizens o levou para o seu primeiro Mundial.
No meio campo, a situação foi um pouco mais polêmica. Seria Fred, do Shakhtar, da Ucrânia, também a solução? Pela versatilidade de ter facilidade de atuar atrás e também adiantado, sim.
Nome por nome, o que causa estranheza é a presença do atacante Taison, também Shakhtar Donetsk. Como não somos mestres em futebol ucraniano e na Liga dos Campeões vemos pouco, fica difícil questionar a posição do técnico. Artur, do Grêmio, merecia a vaga. Talvez a ausência do gremista Luan seja a mais sentida, porém, vale lembrar que, taticamente, possa existir uma dificuldade do atleta em se enquadrar no padrão de jogo de Tite.
Uma convocação sem muito questionamento, porque vencer as Eliminatórias com o pé nas costas deu muita credibilidade ao comandante da Seleção.
As favoritas. A Copa do Mundo de 2018 promete ser muito equilibrada. Não temos uma superequipe na competição, mas sim, veremos grandes times nos campos russos. Alemanha, Espanha, França e Brasil são favoritas, com a Argentina correndo por fora. Portugal, com Cristiano Ronaldo, não pode ser ignorada, assim como a Bélgica, com a sua geração espetacular que ainda não fez jus ao seu nível.
Quem pode surpreender são as tradicionais equipes europeias e sul-americanas. Alguém, por exemplo, descartaria a força uruguaia com Cavani e Suárez? Ou a Inglaterra, que venceu todos os Mundias de base prévios da Copa da Rússia e tem jogadores como Dele Ali, Walker e Harry Kane?
O Mundial começa em 30 dias. E o SuperFC estará lá para trazer a melhor cobertura. Vamos juntos nessa?