Faltando pouco tempo para o momento mais importante da sua carreira no vôlei de praia, a mineira Ana Patrícia Ramos precisou assimilar o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que agora vão começar somente em 2021. Ao lado da parceira Rebecca, ela foi uma das duas duplas classificadas no feminino para representar o Brasil do outro lado do mundo.
Nascida na cidade de Espinosa, no norte de Minas, ela teve crescimento gradativo na modalidade, passando por conquistas como o ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude Nanquim 2014 dois títulos do Mundial sub-21. Agora jogando entre as profissionais, ela mostra talento de gente grande como ela com seus 1,94m.
"Ao pensar na nossa classificação olímpica, tenho muita gratidão ao universo, ao sei lá o que, porque o caminho foi muito duro até a gente conseguir essa vaga. Temos que agradecer muito por ter conseguido. E, acima de tudo, muita felicidade porque é a oportunidade de realizar o nosso sonho e a gente vai se preparar bastante para isso", comenta.
"Os Jogos Olímpicos da Juventude vieram para mostrar que eu estava no caminho certo. Talvez tenha sido o momento de maior afirmação que eu tive para saber que tinha um futuro. Então, fiquei muito feliz com o resultado daquele campeonato", lembra.
Depois de ser descoberta nos Jogos Escolares da Juventude jogando handebol, ela vê que a decisão se mudar de esporte foi mais do que acertada, mesmo com a sensação de que o esporte faria parte da sua vida de alguma forma. "Sempre tive na minha mente que eu ia ser atleta, sabia que ia conseguir. É incrível. Quando eu fui pros Jogos Escolares, recebi o convite do Augusto, mas já estava ficando meio desanimada porque achava estava ficando velha. Por morar no interior talvez não tivesse oportunidade, mas eu sempre senti que seria atleta. Nunca consegui pensar em outra coisa para minha vida que não fosse isso. Quando apareceu a oportunidade, agarrei com todas as forças", recorda.
Colocando parceira na roda da superstição
Supersticiosa, Ana Patrícia faz questão que sua dupla Rebecca siga algumas de suas manias para que os bons resultados venham. Mesmo não entrando em quadra, ela acredita que tais gestos fazem a diferença no resultado final.
"Sou mais supersticiosa do que gostaria, mas faz parte. Eu acho que se fosse citar algumas manias seria difícil porque são muitas. Sou supersticiosa com o pé que eu piso na quadra, com cor do biquini que tem que ser o mesmo até o final, com a comida. Faço a Rebecca me acompanhar porque na minha cabeça tem que ser as duas", conta.
Apesar das dezenas de opções de atletas que poderiam lhe inspirar, ela cita uma da mesma modalidade, sem se esquecer de quem realmente faz a diferença para que ela busque os melhores resultados.
"No esporte tem muita gente que inspira. Mas posso falar uma coisa que inclusive influenciou na minha decisão. Sempre fui muito fã da Larissa, não só da jogadora, mas depois tive a oportunidade de conhecer a pessoa passei a admirá-la ainda mais. Ela é uma pessoa que sempre me deu força, me inspirou a ser mais. Mas minha inspiração é mesmo minha família. Não tem ninguém que me dê mais motivos para ir para frente que eles", cita.
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