Dupla da seleção de vôlei doa tênis para desabrigados com numeração parecida

A dificuldade de quem tem uma numeração mais alta de roupa para encontrar algo do seu tamanho se equipara em muitos momentos. Nesta quarentena, alguns desabrigados receberam doações mas alguns deles seguiram sem algumas opções para se proteger do frio. Apesar de ter 1,76m, Taydson Aparecido Tomás, de 47 anos, calça a numeração 48. O tamanho da mão também chama atenção, destoando de boa parte da população. 

Baiano, como também é chamado, contou com a doação de tênis e roupas de jogadores de vôlei para ter mais opções de vestimenta em meio à pandemia do novo coronavírus. "A dificuldade é justamente essa: encontrar algo do nosso tamanho. Quando tento comprar alguma coisa, tem vendedor que até ri de mim. É uma satisfação imensa ganhar essas roupas, ainda mais de jogadores de alto nível, que já atuaram pela seleção. Eles, mesmo sem sofrer tanto com a pandemia, se importaram, tiveram um gesto nobre, além de humildade. Tenho certeza que eles também batalharam muito para chegar onde chegaram", conta.

Entre os jogadores que fizeram doações para o projeto 'Pandemia do Bem', em Belo Horizonte, estão o oposto Wallace, que parte para sua primeira temporada fora do país (vai jogar na Turquia) e o central Otávio, que está em negociação para renovar contrato com o Sada Cruzeiro. "É o mínimo que podemos fazer. Pessoas altas têm muita dificuldade de encontrar roupas maiores, calça jeans e calçados são sempre complicados. Quem veste um número mais alto e vive na rua, deve realmente encontrar uma dificuldade maior", comenta o meio-de-rede.