O jogo brasileiro "Deathbound" ainda não foi lançado, mas já vem ganhando elogios por parte da comunidade de gamers. Porém, para chegar até este ponto, a equipe da TrialForge Studio vem trabalhando desde 2019 para criar um soulslike poderoso enfrentando algumas dificuldades.
Com relação aos obstáculos de produzir um game deste porte no Brasil, Ítalo Nievinski comenta que o percurso, tal qual o do protagonista de “Deathbound”, não é fácil. “O mercado consumidor é ótimo, temos um excelente público. Mas, na parte de desenvolvimento de jogos, o Brasil ainda está engatinhando, e a sanção do Marco Legal dos Jogos vai ajudar bastante”.
Ítalo se refere ao projeto que regulamenta a fabricação, importação, comercialização e o desenvolvimento de jogos eletrônicos no país. O presidente Lula (PT) assinou o marco no dia 3 de abril de 2024. “Com isso, serão fixados princípios e diretrizes para a sustentabilidade econômica do setor, inclusive de interação dos jogos eletrônicos com legislações específicas do setor cultural, incentivos fiscais estendidos ao segmento e diretrizes para proteção de crianças e adolescentes”, declarou o presidente, nas redes sociais, à época.
O desenvolvedor de jogos concorda que o marco vai ajudar o futuro da indústria no Brasil. Porém, é preciso ainda facilitar as formas de investimento. Para “Deathbound”, por exemplo, Ítalo não revela números certos, mas garante que foi investido mais de R$ 1 milhão. Parte desse valor veio de um programa de incentivo do Rio de Janeiro, via edital público, mas o aporte maior é de um publisher internacional.
No entanto, trata-se de um valor pequeno para um jogo que já está sendo produzido, ativamente, há dois anos e meio e conta com uma equipe de aproximadamente 15 pessoas, localizadas em diferentes Estados do país. “É um processo muito longo, mas estamos conseguindo oportunidades. Por exemplo, o jogo só começou a receber recursos em 2019”, diz Ítalo.
Enquanto não tem data de lançamento oficial divulgada, “Deathbound” está acumulando críticas positivas de influenciadores brasileiros. “Para um estúdio pequeno, é um projeto bastante completo”, garante Ítalo.
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