Hideo Kojima modificou elementos de Death Stranding 2: On the Beach após considerar que a recepção inicial estava positiva demais durante os testes com jogadores. A revelação foi feita pelo compositor Woodkid, responsável pela trilha sonora do jogo, em entrevista à Rolling Stone nessa segunda-feira (16).
O jogo será lançado exclusivamente para PlayStation 5 em 26 de junho.
Woodkid compartilhou uma conversa decisiva que teve com o diretor durante o desenvolvimento. "Houve um momento importante em que tivemos uma conversa, provavelmente na metade do caminho, quando estávamos fazendo o jogo, em que ele veio até mim e disse: 'Temos um problema'", declarou o compositor à Rolling Stone.
Segundo o músico, Kojima expressou preocupação com a recepção extremamente positiva nos testes iniciais. "Vou ser muito honesto, estamos testando o jogo com os jogadores e os resultados são muito bons. Eles gostam muito do jogo. Isso significa que algo está errado; temos que mudar alguma coisa", afirmou o diretor, conforme relatado por Woodkid.
O compositor explicou que Kojima alterou partes do roteiro e momentos cruciais do jogo por acreditar que o trabalho não estava "polarizado o suficiente" e não provocava emoções intensas nos jogadores.
"E ele disse: 'Se todo mundo gosta, significa que é mainstream. Significa que é convencional. Significa que já está pré-digerido para que as pessoas gostem. E eu não quero isso. Quero que as pessoas acabem gostando de coisas que não gostaram quando as encontraram pela primeira vez, porque é aí que você realmente acaba amando algo'", completou.
Para Death Stranding 2: On the Beach, Woodkid assumiu a composição da trilha sonora após o falecimento de Ryan Karazija, vocalista da banda Low Roar, que criou a atmosfera musical do primeiro jogo. Os fãs já puderam ouvir a música "To the Wilder" no trailer de pré-venda.
Em Death Stranding 2, a organização APAC apresentada no jogo estabelece paralelos com iniciativas recentes do DOGE (Departamento de Eficiência Governamental) dos Estados Unidos. O primeiro título mostrou um mundo onde pessoas viviam isoladas, com apenas carregadores atravessando ambientes perigosos, o que muitos consideraram uma antecipação da pandemia de Covid-19.