A Instância de Governança (GR) Caminhos Verdes de Minas lança, nesta quarta-feira (13/11), em Goianá, a Ciclorrota Descaminhos do Ouro: os Caminhos Prohibidos da Zona da Mata Mineira, uma nova opção de roteiro de cicloturismo na região.
O projeto - uma parceria com Universidade Federal de Viçosa (UFV), Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), Sebrae, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) - une história, cultura, meio ambiente e práticas esportivas.
A Ciclorrota possui 420 km de extensão, explorando regiões por onde o ouro era contrabandeado da Coroa Portuguesa no século XVIII, em trilhas e estradas contemplando 15 municípios da Zona da Mata: Bicas, Chácara, Chiador, Descoberto, Guarani, Guarará, Goianá, Mar de Espanha, Pequeri, Piau, Rio Novo, Rochedo de Minas, Rio Pomba, São João Nepomuceno e Tabuleiro.
Paralelo ao lançamento da rota, acontece um seminário com uma série de palestras com especialistas do setor turístico e encontro de representantes dos 15 municípios. O projeto foi financiado parte com recursos obtidos por meio de editais da Secult-MG e do fundo da reparação de Brumadinho.
Segundo Luciene Braga, gestora do Circuito Turístico Caminhos Verdes de Minas, 'Descaminhos' é um projeto regional de desenvolvimento do turismo que trabalha o cenário geo-histórico antigo da Zona da Mata, em especial as cidades da IGR Caminhos Verdes de Minas. "Dentro desse projeto macro, estão sendo trabalhados vários segmentos. Neste ano, o cicloturismo é o que será lançado. A ciclorrota tem site próprio que conta sua história, informaçoes técnicas de navegaçao para ciclistas, dicas e fotos dos caminhos. Atualmente, a sinalizaçao da rota está em fase de implantação", disse.
No período colonial, a Zona da Mata ficou conhecida como "Sertões do Leste das Áreas Proibidas". Até então era uma vasta e inóspita extensão de mata contínua, habitada por índios e animais selvagens, que servia aos interesses da Coroa Portuguesa como uma “barreira verde”, dificultando e/ou impossibilitando o contrabando do ouro colonial. Assim, configurava-se como uma rota alternativa à Estrada Real, servindo aos “descaminhos” do ouro.
As trilhas e picadas desses sertões foram utilizadas pelos contrabandistas, a exemplo do lendário “Mão-de-Luva”, alvo de várias expedições promovidas pela Capitania de Minas Gerais, inclusive, com a participação direta do alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.
Além de promover o resgate histórico cultural dos povoamentos e formação das cidades, a rota foi adaptada às potencialidades turísticas de cada município. Essencialmente rural e voltada ao ambiente natural, proporciona opções diversas ao público além do cicloturismo, como caminhadas, vivências e gastronomia.
Serviço:
O que: Ciclorrota Descaminhos do Ouro: os Caminhos Prohibidos da Zona da Mata Mineira
Onde: Coqueiro Parc hotel (rua Célia de Moura Coutinho, 45, Progresso, Goianá).
Quando: dia 13/11 (quarta-feira), a partir das 14h
Na web: acesse Ciclorrota Descaminhos do Ouro e Instagram / @descaminhosdoouro