Um rato, um pato e um cão! Muito antes da Disneylândia, Walt Disney sempre demonstrou muito interesse pelo reino animal, como mostra uma série de 14 curtas e longas-metragens lançados entre 1948 e 1960, “True-Life Adventure”, que se tornaria uma referência para “wildlife films” (“filmes de vida selvagem”). Mas não estava ainda muito clara nos planos da Disney a construção de um parque dedicado exclusivamente à natureza. Demorou pelo menos quatro décadas para que os “imagineers” começassem a visitar zoológicos nos Estados Unidos e buscar em um parque já existente, o Busch Gardens, de Tampa, a fonte de inspiração.

Em 22 de abril de 1998, Dia da Terra, era inaugurado o Disney’s Animal Kingdom Theme Park, uma maneira diferente de contemplar e curtir a natureza e os animais, ao mesmo tempo em que celebra as produções da Walt Disney Studios. O parque é, sem dúvida, uma experiência memorável, uma imersão surpreendente na natureza, algo que nos energiza, principalmente nestes tempos de secas, queimadas e mudanças climáticas extremas que vive todo o mundo. 

Os personagens do Disney’s Animal Kingdom Theme Park durante a comemoração dos 25 anos do parque, no ano passado - Foto: Disney/Divulgação 

 

Disney’s Animal Kingdom Theme Park nasceu para combinar experiências educacionais, exposição de animais e atrações temáticas, reunindo em uma área de 235 hectares – o maior parque do Walt Disney World Resort – a Árvore da Vida, dinossauros, safári, rios com correntezas, expedição ao Everest e mais de mil animais, muitos deles ameaçados de extinção e apoiados pelos programas de conservação da Disney.

O mais esplendoroso dos quatro parques é dividido em seis áreas temáticas – Oásis, Pandora, África, Ásia, Discovery Island e Dinoland USA. A entrada do parque é pela Oásis, local onde fica a Tree of Life (Árvore da Vida), principal ícone, lojinhas, restaurante e uma trilha em um jardim tropical com flores e animais. Chegue bem cedo e baixe o aplicativo My Disney Experience para monitorar o tempo de espera na fila de cada atração. Pare para uma foto com a equipe de Memory Makers em frente à Árvore da Vida e, se estiver com filhos pequenos, faça outro pit-stop no quiosque da Widerness Explorers para pegar seu manual e participar de uma espécie de "caça ao tesouro".

A Tree of Life (Árvore da Vida) contemplada da Discovery Island - Foto: Paulo Campos

 

A Árvore da Vida é uma enorme árvore esculpida em torno de uma plataforma petrolífera invertida – o conceito foi inspirado em obras de arte de artistas de Bali, que costumam esculpir à mão representações de animais nos troncos das árvores depois de terem morrido. Um processo semelhante foi usado para criar a Tree of Life: são mais de 300 esculturas em uma árvore de 45 m de altura, que pode ser vista de quase todos os cantos do parque.

No Wilderness Explorers, por exemplo, crianças de todas as faixas etárias são chamadas a um desafio: parar a cada estação apontada no mapa, colecionar selos, participar de atividades e descobrir um pouco sobre a natureza ou um tema. Em seguida, atravesse a ponte e chegue à Discovery Island, onde os destaques são o espetáculo noturno “It’s Touch to be a Bug!”, inspirado no filme “Vida de Inseto”, em um cinema debaixo do cartão-postal do parque, e uma trilha ao pé da árvore, onde o visitante pode identificar os animais no tronco – se você olhar com atenção, pode até descobrir um famoso camundongo escondido entre os galhos.

A cenografia de Pandora traz plantas exóticas e as montanhas flutuantes do filme - Foto: Paulo Campos

 

Atravesse a ponte entre Oásis e Discovery Island e se dirija a Pandora para a atração mais disputada do parque: Avatar Fight of Passage. É como entrar no filme “Avatar”, de James Cameron, no qual é baseada a atração. Pelo caminho até a atração, a vegetação exótica criada pelos “imagineers” se mistura a plantas reais, grandes flores, árvores retorcidas e chicotes espinhosos e, de repente, somos tomados por barulho de animais correndo, gorjeios de pássaros e outros sons estranhos. Tudo é bonito e encantador, como manda a Disney. 

A jornada começa no Na’vi River: um passeio de barco de quatro minutos por uma floresta bioluminescente, contemplando cenários do filme até encontrar o Shaman of Songs, de 3 m de altura, a introdução da Disney ao universo dos personagens animatrônicos. Tudo brilha de forma surpreendentemente realista, como pontos de luz sobre a cabeça dos visitantes: plantas, animas, o povo Na’vi. O passeio sereno dá então lugar a uma alucinante viagem por uma floresta tropical em Avatar Flight of Passage, simulador em 3D muito realista a ponto de fazer seu coração bater mais acelerado.

Um voo sobre Pandora em Avatar Flight of Passage, em ritmo alucinante, revisitando as paisagens do filme de James Cameron - Foto: Fox/Disney/Divulgação 

Do alto de um banshee – predador aéreo similar a um dragão, um dos destaques do filme – e conectado com um avatar, o visitante pilota uma moto e é lançado, de forma vertiginosa, em uma floresta tropical, numa velocidade impressionante, com cenários que torpedeiam os sentidos. A dica é deixar-se levar por esse sobrevoo, apenas contemplando as paisagens. Para completar Pandora, a parada é na Cantina Satu’li Canteen, um restaurante no estilo “quick service” (“pegue e pague”) para ter uma refeição ao estilo do povo Na’vi.

O cheesecake de blueberry (mirtilo) da Cantina Satu’li Canteen: comendo como o povo Na'vi - Foto: Paulo Campos

Entre as delícias, pods (trouxinhas de vegetais ou carne), bao bunds (cheeseburguer em pãozinho no vapor recheado com carne moída, ketchup, mostarda, picles e cheddar) e outras seis opções de pratos – eu escolhi o chili-garlic shrimp bowl, o tofu frito crocante, temperado com chili e coberto com uma salada crocante de legumes e bolas de tapioca, servido com opção de molho, a US$ 15,79, acompanhado do drink Pandora Sunrise, mistura de frutas tropicais (US$ 5,49). Para finalizar, experimente o cheesecake de blueberry com creme de maracujá (US$ 5,79). 

O “Festival of Lion King”: uma deleitura teatral e divertida do clássico "O Rei Leão", grande sucesso no parque - Foto: Walt Disney World Resort/Divulgação 

 

A África tem dois shows – “Festival of Lion King” e “Indiana Jones Stunt Spectacular!”, ambos concorridos. “Festival of Lion King”, no Harambe Theater, utiliza fantoches, bonecos, malabares e canções clássicas para, durante 30 minutos, fazer uma releitura do clássico da Disney.

“Indiana Jones Stunt Spectacular!”: a atuação dos dublês, com direito a explosões e reprodução de cenas clássicas - Walt Disney World Resort / Divulgação

Enquanto não ganha sua própria atração, o herói da franquia de aventura mais famosa do cinema revela, no anfiteatro Echo Lake, o trabalho de dublês em “Indiana Jones Stunt Spectacular!”, escapando de armadilhas e combatendo vilões, com direito a explosão de avião e reproduções de sequências clássicas de “Caçadores da Arca Perdida”, como a bola que o persegue em um cenário estreito. Se você comprou o ingresso com antecedência e reservou a atração, ótimo! Caso o contrário, outras duas opções são utilizar Lightning Lane (fura-fila) ou chegar entre 30 minutos e uma hora de antecedência para achar um lugar na sorte.

Zebra no Kilimanjaro Safaris: 34 espécies diferentes de animais em 445 metros quadrados no maior parque temático da Disney  - Foto: Paulo Campos 

 

A área da África é muito diferente do restante do parque – os “imagineers” optaram por traduzir muitos detalhes e autenticidade, como os telhados da Harambe Village feitos com palha zulu, oriunda da África do Sul, e o Harambe Market reproduzindo aromas e sabores típicos de ruas africanas. O ponto alto da África é o Kilimanjaro Safaris: os visitantes, devidamente acomodados em jipes adaptados, percorrem uma estrada, passando por vários habitats e visualizando animais a distância, como leão, elefante, girafa, rinoceronte etc. É quase um jogo de esconde-esconde avistar os animais. É a experiência mais próxima que uma pessoa pode ter de um safári africano. Como o passeio fecha às 17h, é importante se programar para não perder a experiência. O parque temático é credenciado pela Associação de Zoológicos e Aquários (AZA), que impõe diretrizes rigorosas para cada animal.

Se você quiser ir além do safári, um trem leva você ao Rafifi’s Planet Watch, para você conhecer os bastidores do safári e ter uma experiência de contato única com os animais. O passeio, de cerca de sete minutos, no Wildlife Express leva à Affection Section and Conservation Station (Seção de Afeto e Posto de Conservação, em tradução livre). O local abriga as instalações veterinárias do parque e o centro de nutrição, com uma variedade de anfíbios, répteis e invertebrados, além de animais em recuperação, onde o visitante não pode tocá-los nem interagir, mas aprender muito sobre cada um deles. Pode-se ainda, participar uma aula ministrada por um animador de filmes da Disney, que ensina o passo a passo para produzir um desenho animado. Cada mês tem um personagem diferente, como Dumbo, Bambi, Simba, Tigrão etc. Mas lembre-se de que essa área fecha bem antes de todo o parque. 

"Finding Nemo": muitas cores, luzes e efeitos para encantar crianças e adultos - Foto: Walt Disney World Resort/Divulgação

 

As duas últimas áreas a serem exploradas são a Dinoland USA e a Ásia. A primeira tem como principal atração o show “Finding Nemo: The Big Blue... and Beyond”. O espetáculo, de 25 minutos de duração, convida o visitante a descobrir a história de Nemo e seus amigos sob nova perspectiva, reproduzindo o cenário subaquático com muitas luzes, sons, figurinos coloridíssimos e efeitos especiais, além das famosas canções “In the Big Blue World” e “Go with the Flow”.

"Expedition Everest": queda livre de 24 metros de altura em uma montanha-russa não tão radical - Foto: Paulo Campos 

 

Já a África reserva um pouco de adrenalina com a montanha-russa Everest e um passeio nas correntezas de um rio em Kali Rover Rapids, onde um barco levado por uma correnteza despenca de altura não tão assustadora. O melhor é se molhar e refrescar do calor da Flórida, principalmente na época de verão. Depois dessa introdução refrescante, nada como subir o monte Everest em uma montanha-russa, percorrendo 1.350 km e atingindo uma velocidade de 80 km/h, com momentos de escuridão, aparição do Abominável Homem das Neves, mais um personagem animatrônico, e uma queda livre de 24 m de altura.

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Serviço:

O Grand Floridian Resort & Spa está a pouca distância do Magic Kingdom Park e oferece diversos serviços e benefícios para quem frequenta os parques - Foto: Walt Disney World Resort / Divulgação 

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Onde hospedar-se: Disney Grand Floridian Buena Vista. 401 Floridian Way, Lake Buena Vista, FL 32830, Estados Unidos. Diárias a partir de US$ 815,63 (R$ 4.585). Reservas pelo telefone (407) 824-3000 ou pelo site Walt Disney World.

Quem leva para os parques de Orlando: ligue (11) 4003-1181ou acesse Azul Viagens. Confira os pacotes completos disponíveis para Orlando.

Saiba sobre ingressos e Lightning Lane (fura-filas): acesse o site Walt Disney World.

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