O centro de Bruxelas é o melhor lugar para se hospedar. Nós escolhemos o The Dominican (carlton.nl/en/the-dominican-hotel-brussels), hotel-butique da rede Carlton Hotel Collection, não só pela localização – atrás da La Monnaie, a casa de ópera e a cinco minutos da Grand Place –, mas pelas aconchegantes acomodações e pelo atendimento atencioso. Dali se alcança vários pontos turísticos com facilidade. Pela manhã, um programa – até tradicional para turistas -– é percorrer a capital belga à caça das estátuas fazendo xixi. Um detalhe: elas não ficam muito próximas uma da outra.

A partir da Place Royale, pegue a rue de la Regence Regence (Regentschapsstraat) para a direita e caminhe até chegar a Place Polaert, de onde você terá uma das melhores vistas panorâmicas da cidade. Bem em frente está o Palácio da Justiça, construção impressionante na Place Poelaert. Descendo a la Regence, você chegará à igreja Notre Dame du Sablon e seus jardins; depois, seguindo pela rue des Alexiens e girando à direita na rue de l’Etuve, se deparará com um dos cartões-postais da cidade, o Manneken Pis, que está na esquina desde 1619. Há, ainda, outra estátua, o Zinneke Pis, o cachorro mijão, na rue des Chartreux. É uma bobagem, mas fica abarrotado de turistas.

 

Segundo dia, 12h

A hora da parada para comer bem é na Place Sainte-Catherine, onde há vários restaurantes. Se já estiver com fome, a dica é o Amadeo (amadeus-resto.be/amadeo-brussel), que, dependendo da época do ano, precisa de reserva. O restaurante – com paredes decoradas com livros – tem uma estrela: as costeletinhas grelhadas com molho, acompanhadas com uma batata assada e salada, ao custo por ¤ 17,50 por pessoa. O bom é que o vinho é cobrado em centímetros. Na mesa, há uma curiosa lata para se atirarem os ossos. Depois, circule pelas Galeries Royales Saint-Hubert, uma passagem fechada que lembra a Galeria Vittorio Emanuelle, de Milão. 

À tarde, é a hora de conhecer a “Torre Eiffel de Bruxelas”, o Atomium – que ilustra a capa deste caderno –, construído para a Exposição Universal de 1958. Projetada por André Waterkeyn, a obra representa um átomo de ferro. O ideal é que você tenha adquirido o ingresso pelo site hatomium.be (¤ 15) para evitar as filas. Observado de fora, são nove esferas – cada uma com 18 m de diâmetro – conectadas por tubos, que sustentam uma estrutura de 102 m de altura. O monumento é um átomo ampliado 165 bilhões de vezes. Para chegar até o cartão-postal máximo da cidade, pegue o metrô no sentido da estação Hezel.

Uma mostra permanente exibe fotos, painéis e vídeos sobre a exposição mundial. Na época de minha visita, duas exposições temporárias chamavam atenção – uma dedicada a René Magritte, pintor com um pé tanto no surrealismo quanto no realismo mágico, com obras instigantes como “O Espelho Falso” (1928) e “O Filho do Homem” (1964). Havia, ainda, exposição comemorativa aos 60 anos dos Smurfs, criaturas azuis criadas por Pierre Culliford, mais conhecido como Peyo. Nos jardins reais de Laeken, podem-se visitar dois pavilhões originais da Expo de 58, o chinês e o japonês.

Uma trilha pelos murais da cidade

O parque Mini-Europe – que pode ser combinado com o Atomium ao preço de ¤ 27,60 – tem 350 maquetes realizadas em escala 1/25 de diversos monumentos da Europa, entre eles a Torre Eiffel, de Paris, o Big Ben, de Londres, a Torre de Pisa, na Itália, e o Portão de Brandemburgo, de Berlim. É um bom programa para famílias com crianças, com moinhos, trens e barcos móveis que podem ser utilizados pelos pequenos. Há até um vulcão Vesúvio em erupção. Depois do Mini-Mundo, é hora de mergulhar no universo dos quadrinhos.

Em Bruxelas, nasceram dois personagens dos quadrinhos – Tintim e Smurfs. Em 1929, as aventuras do repórter e seu cachorrinho Milu ganharam o mundo pelas mãos de Georges Remi – ou Hergé. Pelas ruas de Bruxelas se depara com eles em prédios e esquinas. Existe até uma rota – Comic Strip Trail (Trilha dos Quadrinhos) – que passa por diversos murais pintados pela cidade, onde você encontra Tintin, Blake & Mortimer, Bob & Bobette etc. Há ainda dois espaços que merecem ser visitados: o Centro Belga de Banda Desenhada e o Museum of Original Figurines (Moof), ambos ao custo de ¤ 10.

Perto da estação de trem Gare du Midi fica o Le Lombard, “prédio do Tintim”, como definem os locais. Foi no local que funcionou a editora a Les Éditions du Lombard, que publicou os quadrinhos de Hergé. De 1946 a 1988, publicou a revista “Tintin”. Ó prédio na avenue Paul-Henri Spaak, 7, ainda carrega as marcas dos personagens. O Museu Hergé mesmo fica um pouco mais longe, em Louvain-la-Neuve.