Viagens

Confira as dicas de seis destinos de natureza para você conhecer em 2022

Alter do Chão, Bonito, Cambará do Sul, Jalapão, Chapada Diamantina e Vale do Ribeira são natureza com turismo seguro


Publicado em 18 de janeiro de 2022 | 19:23
 
 
 
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É uma tradição indicar no início do ano para os viajantes os melhores destinos do ano. O guia tradicional é o “Lonely Planet”, mas há outros muitos outros. Nós, do jornal, também elaboramos nossas sugestões. Como estamos ainda em um momento complexo para viagens, por conta da Covid-19 impactando os países e o surgimento de novas cepas do corona, nossas dicas se restringem a destinos nacionais e em consonância com as novas tendências do turismo na pandemia: lugares ao ar livre e em meio à natureza.

Nesta lista, selecionamos seis destinos que você pode visitar durante todo o ano, permitindo que organize sua viagem no primeiro ou no segundo semestre. A maioria das entidades ligadas ao turismo acredita que 2022 ainda será um ano com restrições de viagens, mas importante para uma retomada segura e responsável do turismo doméstico.

Se você está contando os dias para a próxima viagem e acreditando na vacina como meio de proteção, vamos te ajudar a encontrar o lugar perfeito, seguro, longe do turismo de massa. Nossas dicas vão do Sul ao Norte do país, portanto, diversificadas, passando pelo Centro-Oeste e Nordeste. 

O fotógrafo Walef Marques, que se prepara viajar para Jalapão pela segunda vez no próximo dia 25, afirma que é o lugar mais bonito a que foi até hoje. “É o deserto brasileiro, bom para ir com família, porque os 4x4 cabem sete pessoas. É um lugar bem seguro para a pandemia, porque tem menos turistas.

Para o jornalista Murilo Rocha, Alter do Chão é um dos grandes destinos para 2022 justamente pela exuberância da natureza. “Os atrativos são os rios Tapajós e Arapiuns e a Floresta Nacional de Tapajós, conhecida como Flona. Os melhores passeios são as ilhas e bancos de areia que se formam ao longo desses rios”, afirma.

Coleção de Alter

Recentemente, o fotógrafo Felipe Cerchiari (@felipecerchiari) escolheuAlter do Chão para fotografar as suas novas coleções. “Absolutamente encantando com a riqueza das crenças locais, resolvi não montar uma, nem duas, mas três coleções: Tupã, Ceuci e Caramuru", afirma o Cerchiari. Tupã representa os céus, Ceusi, as matas, e Caramuru, as águas.

As fotografias foram obtidas através de uma técnica minuciosa utilizada, onde todo o equipamento é diferente e vem com a missão de mostrar um ângulo raro e exótico para os quadros de paisagens paradisíacas. “Cada obra é única, com objetivo principal de emanar, através do olhar, as boas sensações encontradas pelo mundo. Trazer parte da natureza pra dentro de nossas casas através das obras tem sido minha maior linha de trabalho”, conta.

SERVIÇO

Alter do Chão (PA) 

Quando ir: De agosto a dezembro, quando se formam as praias nos rios. 

Como chegar: Alter do Chão está a 34 km do aeroporto de Santarém. 

O que ver: Entre os destaques estão a praias do Amor, em frente à vila, do Pindobal (detalhe: há um grande número de praias e pontas) e de Carapanari (com suas cabanas de palha e madeira e o restaurante Casa do Saulo), o canal do Jari (mais bonito na época da chuva), o lago Verde (ótimo para mergulho), a floresta Encantada (para observar a vida silvestre), a ponta do Cururu (para curtir um belíssimo pôr do sol) e passeios de barcos nos igapós e igarapés. Recomenda-se assistir a um show de carimbó e experimentar o açaí salgado.

Bonito (MS)

Quando ir: Bonito é bom o ano inteiro. Entre maio e agosto, os rios estão com a água mais cristalina; entre dezembro e março, estão mais cheios, e as cachoeiras, mais exuberantes.

Como chegar: O aeroporto de Bonito fica a 15 km do centro da cidade. Há também a possibilidade de entrar por Cuiabá, a 300 km, e pegar um transfer.

O que ver: As principais atividades são a flutuação nos rios (escolha o da Prata, com a Nascente Azul, ou Sucuri, com o Aquário natural, os mais procurados pelos turistas), a visita à gruta do lago Azul, o trekking na trilha na Boca da Onça, a descida de rapel no Abismo Anhumas, nadar no Parque das Cachoeiras e o mergulho na lagoa Misteriosa. Também pode-se visitar ou passar o dia em uma das estâncias, que oferecem ótima infraestrutura.

Cambará do Sul (RS)

Quando ir: De outubro a abril é muito quente; de maio a julho, muito frio. No verão, as nuvens costumam baixar e encobrir os cânions; no inverno, é frio, mas o céu está aberto.

Como chegar: O aeroporto mais perto é o de Porto Alegre, a 192 km.

O que ver: A cidade é porta de entrada para os parques de Aparados da Serra e da Serra Geral. Na região, são 36 cânions espalhados por 200 km, mas dois são os mais visitados: Itaimbezinho, que tem alguma infraestrutura turística, e Fortaleza. Entre os atrativos estão as cachoeiras do Tigre Preto e dos Venâncios, a pedra do Segredo e a trilha do Rio do Boi, seguindo percurso de 8 km dentro do rio entre os paredões, algo que só é possível no verão. 

Chapada Diamantina (BA)

Quando ir: De março a novembro é a temporada de chuvas, quando os rios e as cachoeiras estão mais cheios. De maio a setembro, o período mais seco, tem temperaturas mais amenas.

Como chegar: O aeroporto de Lençóis, principal base para quem vai à Chapada Diamantina, fica a 24 km da cidade.

O que ver: Entre os destaques estão as cachoeiras da Fumaça e do Buracão, trekking no Vale do Pati e visita ao poço Azul e à gruta do Pratinha. O cartão-postal é o morro do Pai Inácio.

Jalapão (TO)

Quando ir: De maio a setembro, o clima é ameno e mais propício às caminhadas. De outubro a abriç, a estção é chuvosa e os rios e as cachoeiras estão mais exuberantes. O melhor período para visitar o destino é de maio a julho, quando as temperaturas estão mais baixas.

Como chegar: O aeroporto de Lençóis fica a 24 km da cidade homônima, principal base para os turistas na região. 

O que ver: Entre os locais para serem visitados estão o morro do Pai Inácio, cartão-postal da região, as cachoeiras da Fumaça, do Buracão, do Mosquito e do Sossego (são mais de 360 catalogadas; é preciso, então, priorizar por conta das distâncias), os poços Azul e Encantado, as grutas da Pratinha e Lapa Doce e o Salão das Areias Coloridas. O trekking no Vale do Pati é uma das travessias mais longas e bonitas da viagem e pode durar até cinco noites, com caminhadas, em média, de 15 a 20 km, o que exige fôlego e preparo físico dos viajantes.

Vale do Ribeira (SP)

Quando ir: De abril a novembro, quando as chuvas diminuem.

Como chegar: O destino está a 194 km de São Paulo

O que ver: O Vale do Ribeira é formado por 29 municípios, dos quais 22 municípios estão em São Paulo, e sete, no Paraná. O destino está despontando no ecoturismo e turismo de aventura. Entre os destaques estão Ilha Comprida, com suas praias, piscinas naturais, trilhas e passeios de barco; Cananeia, com seu centro histórico; a ilha do Cardoso e a rota das cachoeiras; Registro, conhecida como a “capital do Chá”; Itaoca, com seu complexo de cavernas; Iporanga, com atividades de aventura; Iguape, com seus passeios históricos; e Eldorado, a chamada “Amazônia Paulista”, por causa da Mata Atlântica e que abriga a Caverna do Diabo.

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