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Encantos do oeste canadense e do Alasca

Alberto Antonini, viajante ávido por novas aventuras e destinos únicos, fala de sua experiência singular pela costa oeste do Canadá e pelo Alasca


Publicado em 07 de outubro de 2017 | 03:00
 
 
 
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Viajar é um ato sagrado para mim. Tenho como objetivo conhecer pelo menos um lugar por cada viagem. Posso até repetir destinos, mas sempre acrescento alguma novidade. Estar em lugares onde nunca estive, pisar em ambientes cheios de história, enfim, conhecer mais um pouco desse “pequeno grande mundo”.
Considero o oeste canadense uma das regiões mais belas do mundo, com cidades e natureza exuberantes, um roteiro que deve ser feito entre meados de maio até meados de outubro para aproveitar toda a beleza natural da região. Foi um dos destinos que conheci há alguns anos e retornei algumas vezes.
Na última vez em que lá estive, inclui um cruzeiro ao Alasca (EUA), destino desconhecido dos brasileiros (a maioria das pessoas o relaciona apenas com frio intenso), mas que é uma localidade belíssima, com paisagens diferentes e deslumbrantes, a ser visitada de junho a setembro devido ao inverno rigoroso.

1. Calgary. Iniciei a viagem em Calgary, na província de Alberta, onde aluguei um carro e, depois de uma viagem de 140 km pela excelente autoestrada Transcanadá-001, cheguei à bela cidade de Banff, localizada no Parque Nacional de Banff. Na entrada do parque, compra-se um selo válido para transitar na região durante sua permanência – no guichê de venda, ainda são repassadas informações sobre a fauna do parque, além das regras e dos cuidados a serem tomados durante a visita.

2. Banff. Patrimônio Mundial da Unesco, Banff é uma cidade pequena com uma excelente estrutura para o turismo. Vale ficar lá por três noites para fazer os diversos passeios da região durante o dia e, mais tarde, aproveitar os bons restaurantes e bares. Dentre as atrações, estão subir de teleférico a Sulphur Mountain, de onde se tem uma bela vista da região; curtir as águas quentes de Banff Upper Hot Springs; pegar a Bow Valley Parkway, estrada cênica no Parque Nacional para apreciar a região; e visitar Johnston Canyon e Lake Louise, com o maravilhoso lago e o luxuoso Hotel Fairmont Lake Louise. Há dois lagos em Banff que considero os mais bonitos: Lake Morraine, com águas esverdeadas, cercado de montanhas nevadas, no qual é possível fazer uma trilha, e Peyto Lake, com águas verde-claras, e acesso pela bela estrada Icefields Parkway. Recomendo visitar também o Parque Nacional de Yoko com lago Esmeralda. Durante os passeios, avista-se ursos, cabritos-monteses, alces, cervos e outros animais em seu habitat natural. Lembre-se de que o parque não é um zoo. É importante lembrar que você estará interagindo com natureza pura. É comum vermos carros parados nos acostamentos e turistas com câmeras, apreciando animais que passeiam livres no local.

3. Jasper. Ao partir de Banff em direção a Jasper (hospedagem por duas noites), percorre-se uma estrada cênica, considerada uma das mais belas do mundo: Icefields Parkway, com vários mirantes de parada obrigatória. Essa estrada atravessa o parque nacional e tem somente um posto de abastecimento. No trajeto, pode-se visitar o Columbia Icefields, onde faz-se um passeio em um ônibus especial (snowcoach) no Glacial de Athabasca, além da nova atração, a Skywalk, uma passarela de vidro sobre um despenhadeiro. Em Jasper há muitas atrações, como Patricia Lake, Maligne Canyon, Medicine Lake e gôndola de Jasper, que leva a uma alta montanha, de onde se avista o Mount Robson, o mais alto da região. Um charme é fazer a viagem de Jasper a Vancouver no trem panorâmico Rocky Mountaineer, com opções de cabines com leito ou poltronas.

4. Vancouver. Maior cidade da Colúmbia Britânica, Vancouver é uma atração à parte. Cidade cosmopolita, com inúmeras atrações, abriga um dos maiores parques urbanos do mundo, Stanley Park. Visite o centro da cidade, Campilano Bridge, uma ponte suspensa, e Grouse Montain, onde se tem uma excelente vista panorâmica. Três noites lá são o ideal para visitar suas principais atrações, além da ilha de Vancouver e da capital da província, Victoria, onde estão os famosos Jardins de Butchart. Vancouver é um dos pontos de partida para o Alasca – então, aproveite que, na temporada, tem saídas semanais de navios para lá e conheça também esse belo destino.

5. Alasca. Considero o Alasca como um destino troféu: desde crianças ouvimos falar sobre a região inexplorada, de frio intenso, corrida do ouro e que poucas pessoas conhecem – ou seja, um destino que mexe com a nossa imaginação. Pela logística, optei por um cruzeiro de sete noites, saindo e retornando a Vancouver. Visitamos a capital do Alasca, Juneau, fizemos passeios de barco para ver baleias, glaciares majestosos e fauna abundante. A viagem prossegue até Skagway, cidade que prosperou na corrida do ouro, com suas calçadas de madeira, o Red Onion Saloon, famoso cabaré da época, passeio no White Pass Yukon Route Railway, uma linha de trem que percorre o caminho daqueles que exploravam o ouro, e, entre outras atrações, o Klondike Gold Rush National Historical Park.

6. Aurora boreal. O navio continuou seu trajeto, numa noite em que fomos brindados com a aurora boreal e chegamos na manhã seguinte à “capital do salmão”, Ketchikan. Um passeio inesquecível foi o de hidroavião, quando avistamos um urso na montanha e pousamos em um lago, onde, em um raio de 50 km. não se via viva alma, uma experiência única. Lá, visita-se ainda o Misty Fjords, local que tem objetivo recuperar ursos feridos e devolvê-los ao seu habitat. Durante o cruzeiro, navega-se pelo Glacier National Park (um especialista embarca no navio e passa aos viajantes as informações sobre o parque) para avistar os majestosos glaciares e a fauna local, um espetáculo à parte. Para finalizar o roteiro, fomos agraciados com mais de cem golfinhos pulando em volta do navio e muitas baleias. Um roteiro realmente encantador, que vale muito a pena conhecer.


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