TURISMO

Mistérios do vale do Matutu

Redação O Tempo

Por Bruno Agostini
Publicado em 30 de agosto de 2010 | 20:34
 
 
 
normal

Aiuruoca está num ponto quase equidistante entre Belo Horizonte (410 km), São Paulo (350 km) e Rio (320 km). Apesar da relativa proximidade dos três principais centros urbanos do país, permanece quase um segredo, conhecido apenas por ecoturistas mais engajados, praticantes de ioga místicos e esotéricos em geral, além de fãs da atriz Isis Valverde, que nasceu na cidade mineira.

Com pousadas agora mais confortáveis e boa comida, o excelente acervo de trilhas e cachoeiras da região não vai demorar muito (infelizmente para alguns) a entrar definitivamente no mapa do turismo de aventura no Brasil. A zona rural de Aiuruoca concentra boa parte dessas atrações. O contato com a natureza tem uma pitada de misticismo.

No vale do Matutu, ponto de partida para várias caminhadas, estão as melhores e mais charmosas pousadas, as comunidades esotéricas e muitos sítios, que servem comida caseira, produzem queijos e cachaças.

A Reserva Natural Matutu reúne 19 dessas propriedades que formam a Reserva Particular do Patrimônio Natural. Para explorar a região, é fundamental a contratação de guias. Há várias bifurcações nas trilhas, muitas vezes em mata bem fechada. É fácil se perder.

Para chegar à Cachoeira do Fundo, a mais alta da região, com 130 m, é preciso encarar uma trilha moderada. São cerca de duas horas de caminhada, com alguns trechos íngremes, travessia de riacho e banho de cachoeira. Os poços são pequenos, mas agradáveis para um bom banho.

Há várias cachoeiras de acesso mais fácil no Matutu, como a das Fadas, alcançada em uma curta trilha, e a do Batuque, com 25 m de queda, sem poço, mas com boas duchas, daquelas que massageiam o corpo. Algumas dessas estão ao longo da estrada de terra de 17 km que liga Aiuruoca ao vale. Há trechos bem ruins, mas dá para passar mesmo com carro sem tração.

Quem fica na cidade também dispõe de trilhas e cachoeiras nos arredores, especialmente no Vale dos Garcias. Os melhores poços estão por ali e, também, a queda d’água mais linda da região, a Cachoeira dos Garcias, com 30 m de altura, que forma uma piscina natural deliciosa. Os corajosos descem de rapel.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!