Viaje por Minas

O que fazer em Belo Horizonte: um miniguia para descobrir a cidade pós-folia

Circuito Sapucaí convida visitante a apreciar arte de rua, e novas cervejarias entram no radar boêmio

Por Shirley Pacelli
Publicado em 25 de fevereiro de 2020 | 03:00
 
 
 
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Domingão, fim de tarde,  tons de laranja no céu de Belo Horizonte, uma cerveja na mão, olhares e risos. O climinha de “footing”, a caminhada/flerte dos anos 20, é algo que permanece na essência do bairro Floresta, na região Leste de Belo Horizonte. Hoje, rapazes e moças se exibem ali: na mureta da rua Sapucaí.

Em agosto de 2017, o Circuito Urbano de Arte começou o processo de transformação da paisagem do centro da cidade ao lançar a proposta de pintura das empenas dos prédios da região. Hoje, tem até luneta fixa e pública para se apreciarem os murais de artistas locais como DMS, Criola e Priscila Amoni. Logo, a Sapucaí – que já abrigava um movimento interessante de ocupação por bares e restaurantes, iniciado com a Salumeria em meados de 2012 , ganhou novo fôlego e público. Virou point gastronômico, corredor cultural e mirante da Zona Leste.

“Nem todas as pessoas sabem que aquilo existe. Dá para ficar no ‘murinho’, aproveitar a vista”, diz Virgínia Sasdelli, do BH Dicas (instagram.com/bhdicas). Paloma Morais, do “Pula BH”, também é fã desse programa. “Amo o Mi Corazón. É uma opção acessível. É ir para mureta feliz”, sugere.

Por ali também fica a Casa Sapucaí, numa residência dos anos 40. É bom ficar de olho na programação do site porque o espaço abriga eventos diversos: de festa hip-hop a agito funk. 

Circuito Sapucaí

Salumeria Central. Salames e queijos artesanais, massas e risotos. Vinhos e outras bebidas.

Mi Corazón. É pub. É boteco. Animado, vai madrugada adentro. 

Panorama Pizzaria. Melhor vista. Prove das pizzas com ingredientes da cozinha mineira.

Dorsé. Comida boa, seja mineira ou seja internacional. Petiscos de cozinha contemporânea.

Casa Sapucaí. Espaço de vivências e trocas. Fique atento à programação.

Cervejinhas de tarde

Com clima de mercearia, a Cervejaria Viela fica no Pompéia. Ainda na Leste, no Santa Tereza, temos “botecos-raiz”, como o Bar do Orlando, em funcionamento desde 1919, e a Mercearia do Nivaldo, de onde você não pode ir embora sem provar as almôndegas. Coloque no seu radar alguns novos bares, como o Nesganega Africando, no Maletta, especialista em sabores ancestrais. Embaixo do viaduto Santa Tereza há um movimento de bares que dialogam com a cena da arte de rua. Com pegada mais família, surgiu o Estouro Gastrobar. Comidinhas e uma carta de drinques com preço justo.

Parque e bolinhos

Não há turista que chegue a BH sem ter ouvido falar do Conjunto Arquitetônico da Pampulha. O que poucos sabem é que na região também fica o Parque Lagoa do Nado, entre os bairros Planalto e Itapoã. Artênius Daniel, jornalista e escritor do projeto “BH Anos 10” considera o local uma das áreas de lazer mais agradáveis. A dica é emendar o passeio com um happy hour no Botequim da Alaíde, “que serve os melhores bolinhos fritos de BH e está fora do eixo oficial do turismo gastronômico”. 

Fim de noite

Para onde ir quando a festa acaba e o bar fecha? Se bateu aquela larica, um dos destinos certos do belo-horizontino é o Rei do Pastel, na Savassi, 24 horas. Pastéis gostosos com preço acessível (R$ 4), o lanche sai rápido e ainda tem caldo de cana. Informações no (31) 2515-1783. Se sua fome for maior e você puder investir um pouco mais, uma boa pedida é o Chopp da Fábrica, no Santa Efigênia. Peça de olhos fechado o mixidão da casa (R$ 52,40 para duas pessoas). É para babar no mix de arroz, feijão, couve, ovo frito, carne desfiada, torresmo e linguiça especial. Para continuar a festa, vá para o karaokê do Bar da Cácia.

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