Não dá para negar: não há em BH uma pessoa antenada com diversão que não tenha feito parte da história da Major Lock – ou pelo menos deixado o pub escrever um pouquinho da sua. Seja apaixonado por rock, fã de música eletrônica ou sambista nato, de 50, 40, 30 ou 20 e poucos anos, uma hora ou outra sua marca foi deixada nas paredes da casa. E foi assim, funcionando desde 1992 que o pub mineiro celebra os 30 anos no próximo dia 11.
Conhecida como a “segunda casa” da moçada que a frequenta, a Major Lock surgiu lá atrás da cabeça de Rodrigo Bouchardet, o “Bucha”, que se transformou em uma referências em entretenimento na cidade. Tanto oo Major Lock virou point turístico. O tempo passou, a “criança” cresceu e foi Ramiro Maia, fiel frequentador do espaço, assumiu a administração da casa a conduziu pelos 15 anos seguintes. Como renovação é a palavra de ordem por lá, em 2014, Felipe Caillaux, conhecido como "Marreco", começou a gerir o pub.
No Major Lock, os frequentadores têm liberdade para interagir, seja palpitando na programação, cantando junto com as bandas, pedindo ao DJ seu hit preferido ou até trabalhando enquanto se divertem. Uma das características da casa é o fato dos clientes pegarem suas próprias bebidas na cozinha do bar ou fazerem suas próprias pipocas. Curiosidades à parte, foi esse clima cool e acolhedor que transformou a Major Lock no que é e, claro, completou a trajetória de quem sempre foi apaixonado pela casa.
Entre os fãs do pub etão a turma do Jota Quest que enche a Major Lock. E, por falar a banda, há quem diga que o stage da Major dá mesmo sorte. A lista de bandas que deram início à carreira não para com o Jota: a Lagum por exemplo, além de ter iniciado sua trajetória por lá, ainda teve seu CD patrocinado pela casa em 2016. Não só de bandas mineiras esse palco vive: deram uma “passadinha” por lá Marcelo D2, Shwayze, Skank, Gabriel O Pensador, Slighly Stoopid, Playing for Change, Ivo Mozart, Rael da Rima e Daparte.
Se a ideia é fazer da Major uma espécie de segunda casa, o público leva a “regra” a sério: nas paredes, discos e souvenires ajudam a transformar o espaço, dando mais identidade ao pub que ficou conhecido por seus ares europeus. E, por falar na estrutura da casa, um assunto que deu o que falar foi a mudança de endereço após 29 anos. O pub que era reduto e passagem no bairro São Pedro, migrou para a área central de Belo Horizonte e ganhou ar cosmopolita do Baixo Lourdes. A rua Guajajaras recebe sua estrutura de 500 m² com uma nova casa que, mesmo com a mudança conseguiu manter o mesmo DNA.
Além de ganhar mais espaço, a casa hoje conta com a loja de roupa Ticketz, a hamburgeria do Druds e o estúdio DAT Tattoo, que fazem parte do “arsenal” de informações e experiências que proporciona. As mutações no conceito da casa que pareciam naturais aconteceram, claro, afinal são três décadas, mas não se perderam nessa evolução: as novas tendências continuaram a se misturar ao clássico na Major, que com ares de underground cosmopolita se transformou cada vez mais no encontro de todas as tribos.
Serviço
O que: 30 anos da Major Lock
Quando: dia 11/10