O Forte de Copacabana (entrada a R$ 10 inteira e R$ 5 meia, gratuito às terças) não é um dos locais turísticos mais visitados do Rio, mas vale a pena. No momento, uma das atrações é a exposição “Frida Kahlo: Uma Biografia Imersiva”, em cartaz até o dia 17 de setembro, ao preço de R$ 50, e que propõe uma experiência imersiva através de 13 ambientes que recriam momentos marcantes da vida da artista mexicana e de suas principais obras.
Além desse bom motivo, há outro para visitar a fortificação: a vista espetacular de Copacabana. Em um aprazível bulevar ladeado à esquerda por uma mureta e à direita por cafés, pode-se tomar um café da manhã ou reservar um horário para almoço ou jantar – ou simplesmente bebericar um drink coloridíssimo no happy hour. Nossa dica é o Café 18 do Forte, vencedor do prêmio Prazeres da Mesa 2023 como melhor café da manhã do país.
O espaço oferece café da manhã (das 10h às 13h) e da tarde (das 16h às 19h) para duas pessoas, a R$ 156, com pães quentinhos, queijos, pães de queijo canastra, banana bread, iogurte com granola, ovos caipiras, tortas, bolos do dia, bolinhos de chuva, saladas e muito mais, acompanhados de café em diversos preparos e chocolate quente, tudo de fabricação própria. A fila de espera, pincipalmente nos finais de semana, justifica a fama do lugar.
O espaço de Terezinha e Eduardo Araújo, mãe e filho, aposta em um cardápio sazonal e insumos frescos, de produtores locais. Comece com a burrata trufada, a R$ 64, passe para o peixe grelhado no azeite com risoto pomodorino e finalizado com burrata e pangrattato de pistache (foto abaixo), a R$ 96, e finalize com o Parintins, um bolo quente de aipim com coco e queijo canastra, com calda de tangerina e cardamomo e sorvete artesanal de tapioca (foto acima), a R$ 32.
O chef Guilherme Unser mescla técnicas e ingredientes do mundo todo, mas dá um toque de brasilidade. De seis em seis meses, o cardápio muda para se adequar à estação. Para o inverno, o tradicional picadinho ganha releitura com mignon angus na ponta da faca, salada de feijão manteiguinha de Santarém (PA), farofa da casa, banana grelhada e ovo poché. Uma dica é apostar nos drinks, todos leve e refrescantes, ou na carta de cervejas artesanais.
Via Sete
Se sua ideia é um pouco mais de sofisticação, o restaurante Via Sete, em Ipanema, reserva um ambiente ao mesmo tempo rústico e requintado, com a utilização de muita madeira, plantas e luz baixa. O espaço ganhou uma reformulação depois de um incêndio de pequenas proporções em agosto de 2022, voltado a funcionar em dezembro. A sofisticação, por sinal, está no DNA dos proprietários, que são donos da joalheria H. Stern.
A pegada ecológica se estende ao cardápio, com entradas como couve-flor na brasa (R$ 57) e berinjela gratinada (R$ 39). Boa parte dos pratos é preparada na brasa – o cardápio já avisa que “usam carvão ecológico”. Nas sobremesas, tudo sem açúcar, glúten ou lactose. Há opções veganas: lasanha de berinjela, com queijo meia-cura e molho de tomate (R$ 58), émincé vegano, releitura do estrogonofe (R$ 63), e bowl pacífico, um tofu orgânico (R$ 68).
Nossa dica é o pirarucu na brasa, um peixe de manejo sustentável e deliciosamente servido com musseline de banana e gengibre, amêndoas laminadas, palmito cortado em rodelas e braseado (foto acima), a R$ 78, seguido da torta fit de chocolate, que vem à mesa em formato de árvore, referência à árvore frondosa da varanda da casa. O coordenador de salão, Ricardo Rodrigues, conta que há preocupação com saúde e diversificação do menu. Uma das próximas apostas é o cuscuz marroquino. Bem do lado, está outro restaurante do grupo, o mediterrâneo Nôa.
Nôa
O Nôa é outro point bem-frequentado em Ipanema. Combinando massas e frutos do mar, os pratos levam toques da gastronomia costeira. A primeira opção é o spaguetti com espuma de ostra e camarão VG (R$ 124, foto acima), com camarões flambados na cachaça, caramelizados no melaço e cozidos em caldo de legumes. Além disso, acompanha massa artesanal caseira double com tinta de lula e sêmola ao molho provençal, finalizados com espuma de ostras, tomates sweet grape salteados e cebolete,
A segunda opção pode ser o spaghetti fresco com frutos do mar (R$ 96), elaborado com massa dupla de sêmola e tinta de lula preparada na casa. Para o molho, é utilizado o molho pomodoro Nôa com camarões, lula e polvo puxados na manteiga de camarões, e para dar aquele toque final, o prato é finalizado com manjericão.
Bar do Beto
Famoso pela feijoada, já eleita três vezes pela revista “Veja Rio” a melhor da cidade, o Bar do Beto, na Farme de Amoedo, em Ipanema, já completou 43 anos. Primeiro, como um ícone da boemia carioca; depois, como restaurante mais estiloso. No entanto, não abandonou suas origens de bar: continua a ser point carioca para um bom petisco e cerveja gelada. “À noite, essa pegada de bar já não existe mais”, explica a gerente Lúcia Castro.
De segunda a sexta-feira, o restaurante oferece prato executivo na hora do almoço, entre 11h e 16h, como a tilápia, o lombinho à mineira e o frango grelhado, ao preço fixo de R$ 32. Boa parte dos pratos do cardápio é dedicada aos peixes e frutos do mar. Entre os destaques, a moqueca mista de peixe e camarão (foto acima), a R$ 246,90, a lagosta ao termidor e a caldeirada do Beto, a R$ 235,90, todos mantendo a fama de fartura, servindo bem duas ou três pessoas.
O cardápio tem se diversificado e passeia por saladas, carnes, massas e aves. A proposta ao longo dos anos foi manter a tradição gastronômica, mas incrementar o espaço com novidades para atrair novos públicos. Para quem gosta de comer bem e gastar pouco, a casquinha de siri, os dadinhos de tapioca e os bolinhos de bacalhau, a R$ 36,90, a trilogia de pastel (R$ 34,90) e o escondidinho de camarão (R$ 42,90) garantem a fama outrora de bar.
Arrastapé e Enchendo Linguiça
Passar um final de semana no Rio de Janeiro e não frequentar a praia é qusse impossível para o turista. Mineiro principalmente não faz isso. Na praia, além do mare sol, os quiosques virararm um programa não só de cariocas, mas de turistas que curtem um local descontraído, com boa culinária e ótimos drinks. Uma dica em Copacabana, bem pertinho do hotel JW Marriot são Arrastapé e Enchendo Linguiça, um ao lado do outro.
O primeiro venceu o prêmio Sabores da Orla 2022 com o arroz de cuxá (vinagreira) com camarão VG, empanado com panko e coco, salada tropical de camarão com manga, acompanhado de molho de geleia aromatizada com ervas (R$ 140). A competição gastronômica éa versão carioca do "Comida di Buteco". O prato deste ano é Cururupu, um filé de pescado com azeite de coco babaçu e um toque de gergelim preto (R$ 89),
No Enchendo a Linguiça, o joelho de porco, recheado com gorgonzola e chucrute é o concorrente e acompanha galette de batata com cebola e emulsão de mostarda holandesa e ancienne (R$ 59). Inaugurado em março deste ano, o quiosque oferece mais de 15 petiscos e sanduíches feitos com linguiças variadas. A especialidade da casa é o Schweinshaxe (joelho de porco à pururuca assado lentamente, servido com salada de batata e chucrute, a R$ 149 para duas pessoas) e a costela no bafo (R$ 200 para duas pessoas).
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Serviço
Café 18 do Forte: Forte de Copacabana. Entrada a R$ 10. Acesse Café 18 do Forte ou Instagram / Café 18 do Forte
Via Sete: rua Garcia d'Avila, 125, Ipanema. Acesse Via Sete Ou Instagram / Via.Sete
Nôa: rua Garcia D’Ávila, 135. Ipanema. Acesse Nôa ou Instagram / Noa.Ipanema
Arrastapé: avenida Atlântica, Copacabana. Instagram / Quiosque Arrastapé
Enchendo Linguiça: avenida Atlântica, Copacabana. Acesse Enchendo Linguiça e Instagram / Instagram / Enchendo Linguica