Além dos irmãos Chiquinho Brazão e Domingos Brazão, a operação Murder Inc. da Polícia Federal, realizada neste domingo (24 de março), prendeu também Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, por obstrução das investigações. Ele foi nomeado para o cargo um dia antes do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Franco.
Conforme a delação premiada de Ronnie Lessa, Rivaldo deu o aval para Domingos Brazão de que o crime não seria investigado e que os suspeitos ficariam impunes. Logo após o crime, Rivaldo Barbosa se reuniu com familiares das vítimas e também com políticos do PSOL e prometeu investigar a fundo o assassinato. Ele deu uma entrevista coletiva ao lado de Marcelo Freixo. “Estamos diante de um caso extremamente grave e que atenta contra a dignidade da pessoa humana e contra a democracia", afirmou Barbosa. Ele disse que aceitaria ajuda das instituições que estiverem dispostas a colaborar, mas destacou que a Polícia Civil tinha condições de solucionar o caso
Antes de assumir a Polícia Civil do Rio de Janeiro, enquanto o Estado estava sob intervenção federal, Barbosa foi subsecretário da Subsecretaria de Inteligência da Segurança, titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e diretor da Divisão de Homicídios. Um dia depois do crime, ele nomeou o titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Giniton Lages, como responsável pela investigação das mortes de Anderson e Marielle.
Operação Murder Inc.
Conforme a Polícia Federal, são cumpridos três mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão, todos na cidade do Rio de Janeiro.
A ação conta com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e tem como alvos os autores intelectuais dos crimes de homicídio, de acordo com a investigação. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.