Morte da vereadora

Assassinato de vereadora atenta contra democracia, diz chefe da PC

Rivaldo Barbosa, afirmou hoje (15) que a polícia vai adotar todas as medidas possíveis e impossíveis para dar uma resposta ao assassinato da vereadora

Por Agência Brasil
Publicado em 15 de março de 2018 | 13:15
 
 
 
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O chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Rivaldo Barbosa, afirmou hoje (15) que a polícia vai adotar todas as medidas "possíveis e impossíveis" para dar uma resposta ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes. Segundo o delegado, o crime, ocorrido na noite de ontem (14), é gravíssimo e atenta contra a democracia.

"Estamos diante de um caso extremamente grave e que atenta contra a dignidade da pessoa humana e contra a democracia", afirmou Barbosa. Ele disse que aceitará ajuda das instituições que estiverem dispostas a colaborar, mas destacou que a Polícia Civil tem condições de solucionar o caso.

De acordo com Barbosa, as informações já levantadas na investigação estão sob sigilo, e nenhuma hipótese de investigação está descartada, inclusive a de se tratar de um caso de execução.

O delegado responsável pelo caso será o novo titular da Delegacia de Homicídios da Capital, Giniton Lages. O antigo titular, Fábio Cardoso, foi promovido a diretor da Divisão de Homicídios, cargo que Rivaldo Barbosa ocupava antes de ser alçado a chefe da corporação.

Uma assessora da vereadora Marielle Franco também estava no carro no momento do crime e sobreviveu aos disparos. Ela foi ouvida como testemunha e receberá proteção do estado.

O chefe de Polícia Civil encontrou-se na manhã de hoje com o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Marielle foi assessora parlamentar de Freixo antes de ser eleita vereadora em 2016, com 46,5 mil votos.

"Quem matou a Marielle tentou matar a possibilidade de uma mulher negra, que nasceu na Favela da Maré, que era feminista, estar na política. É um crime contra a democracia", declarou o deputado. Freixo disse que tinha contato constante com Marielle e sua família e que não há nenhuma informação de que a vereadora tenha recebido ameaças.

Marielle era moradora do Complexo da Maré e defensora dos direitos humanos, autora de frequentes denúncias de violações cometidas contra negros, moradores de favela, mulheres e 

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