BH

Animais voltam a ser vendidos no Mercado Central

Após conseguirem liminares que derrubam proibição do comércio, lojistas comemoram bom movimento

Por Bárbara Ferreira
Publicado em 20 de novembro de 2016 | 03:00
 
 
 
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Em meio à indefinição de quem pode ou não comercializar animais vivos no Mercado Central, os lojistas voltaram a vender os bichos nesse sábado (19). Eles haviam interrompido a comercialização após determinação da Justiça no último dia 4, mas, na semana passada, algumas lojas conseguiram liminares que autorizavam o negócio.

Nesse sábado (19), os corredores do mercado estavam cheios e, conforme os lojistas, as vendas foram boas. De acordo com o presidente do Mercado Central, José Agostinho Oliveira Quadros, apesar de as liminares terem sido solicitadas individualmente por comerciantes, as decisões valem para todos. “As lojas começaram a acionar a Justiça a medida que eram notificadas. Assim, tivemos quatro liminares favoráveis, sendo a primeira no dia 16. As decisões liberam para que todos vendam”, disse.

Para quem trabalha no local, a venda dos bichos aconteceu normalmente, e o dia foi de comemoração. “Foi um alívio. A gente fica apreensivo, tem filhos para criar, aluguel para pagar, e está chegando o fim de ano. Todos estavam sendo prejudicados”, lamentou Marcos Antônio, 48, que trabalha vendendo pássaros.

Quem frequenta o Mercado Central fica dividido. A farmacêutica Vanessa Vieira, 37, acha o tema controverso. “Ao mesmo tempo em que tenho dó de ver os bichos presos, eu adoro poder ter esse contato com eles”, explica. Ela disse que gosta de poder ir até o centro comercial para ficar perto dos animais.

A decisão que proibia a venda de bichos vivos dentro do mercado foi expedida pela 1ª Vara da Fazenda de Belo Horizonte a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A ordem era que também fosse feita a retirada planejada dos animais que lá estavam em até dez dias. Em caso de descumprimento, a multa seria de R$ 10 mil.

Nessa sexta-feira (18), a Prefeitura de Belo Horizonte também publicou no “Diário Oficial do Município” (“DOM”) a suspensão das licenças para a venda de animais vivos no mercado de todos os estabelecimentos.

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