A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) afirmou que vai se reunir com moradores do bairro Castelo, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, na noite desta quarta-feira (17 de abril). O encontro acontece após a população lançar um abaixo-assinado para impedir a construção de 500 moradias do programa "Minha Casa, Minha Vida" em três “áreas verdes” da região. O Executivo municipal afirma que a reunião tem como intuito prestar esclarecimentos para os habitantes do local. Além disso, ações na Câmara Municipal também visam a preservação do espaço no bairro.
O abaixo-assinado já conta com quase cinco mil assinaturas e destaca que a obra pode gerar impactos ao trânsito da região, além dos danos ao meio ambiente. No entanto, a prefeitura afirma que o bairro está enquadrado nos critérios para produção habitacional e defende que as obras devem trazer mais benefícios para a cidade.
Além disso, o vereador Sérgio Fernando Pinho Tavares (MDB) destaca que já existe na Câmara Municipal um Projeto de Lei (PL) para oficializar a região que compreende as ruas Castelo de Crato e Castelo da Beira — que receberiam as moradias — como áreas verdes.
Conforme ele ressalta, o local foi doado por uma construtora justamente para esse propósito. Também há, conforme ele, duas proposições para que as demais áreas visadas para a construção de moradias populares também sejam classificadas da mesma forma.
“Os espaços podem ser usados como área verde. Porém, se em algum momento a prefeitura for utilizá-los para outro fim, pode ser para construir equipamentos públicos, como posto de saúde, que vai atender a comunidade que já está ali”, diz ele.
Segundo o vereador, também há um empenho no sentido de sensibilizar a prefeitura para utilizar como moradias populares imóveis já construídos, como alguns na região central da cidade. “Há soluções mais rápidas e mais baratas”, diz ele.
Para o vereador, é importante pensar no bem-estar das famílias que já moram na região e daquelas que se mudariam para lá caso as moradias sejam construídas, uma vez que o bairro “já está bastante adensado” e com “problemas de mobilidade”, segundo ele.