Recuperar Senha
Fechar
Entrar

petrobras

Lula e Dilma sabiam de corrupção, diz 'Veja'; advogado de doleiro nega

Há dois dias do fim do segundo turno, revista publica reportagem contra candidata

Enviar por e-mail
Imprimir
Aumentar letra
Diminur letra
revista veja dilma e lula
Capa da revista "Veja" com denúncia contra Dilma e Lula no caso da Petrobras.
PUBLICADO EM 24/10/14 - 09h13

O doleiro Alberto Youssef, preso desde março em Curitiba, teria dito em depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula tinham conhecimento do esquema de desvio de recursos na Petrobras, de acordo com reportagem publicada pela "Veja". A presidente rebateu as acusações no horário eleitoral. Clique aqui para ler.

Segundo a revista, o doleiro - que fez um acordo de delação premiada com as autoridades para tentar reduzir as penas a que está sujeito pela participação no esquema- disse na terça-feira ao delegado que presidia o interrogatório que o Planalto sabia de tudo que acontecia na estatal. "Mas quem no Planalto?", teria perguntado o delegado, de acordo com o relato da revista. "Lula e Dilma", teria respondido Youssef.

Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, havia revelado em depoimento ao Judiciário que 3% do valor dos contratos da estatal com empreiteiras eram divididos entre o PT, o PMDB e o PP -partidos responsáveis pelas indicações dos membros da diretoria.

 Antonio Figueiredo Bastos, advogado de  Youssef, disse que, embora o doleito tenha prestado depoimento na Polícia Federal nessa terça-feira (21), nem ele nem sua equipe têm conhecimento sobre a denúncia. "Eu nunca ouvi nada que confirmasse isso (que Lula e Dilma sabiam do esquema na Petrobras). Não conheço esse depoimento, não conheço o teor dele. Estou surpreso", afirmou durante entrevista ao jornal 'O Globo'. Figueiredo também disse não poder confirar ou negar o teor da denúncia da revista, já que não teve acesso a cópia do depoimento feito a DF. 

Nesta sexta-feira (24), o  ministro do TSE Admar Gonzaga não acatou o pedido de liminar  feito pelo PT, que solicitava a suspensão da veiculação da reportagem no Facebook da revista. Gonzaga alegou que o dispositivo legal usado pelo advogado do Partido dos Trabalhadores não pode ser aplicado nesta eleição. "O dispositivo invocado para a suspensão da veiculação (§ 3º do art. 57-D da Lei nº 9.504/1997), consoante entendimento deste Tribunal Superior (Consulta nº 1000-75), não tem eficácia para o pleito de 2014, razão pela qual indefiro liminarmente a petição inicial e extingo o processo sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, I, do Código de Processo Civil", define o despacho do ministro.

Advogados  do PT disseram que vão entrar com pedido de direito de resposta contra a "Veja", alegando que a divulgação difama Dilma Roussef.

No dia 16 de outubro, a Folha de S.Paulo revelou que o ex-diretor da Petrobras citou o senador Sérgio Guerra, morto em março deste ano, no seu acordo de delação premiada (esse já homologado, ao contrário do de Youssef) como beneficiário de propina para esvaziar a CPI da Petrobras, no final de 2009. À época, Guerra era presidente do PSDB.

A CPI da Petrobras começou e julho de 2009 e acabou em dezembro sem comprovar nenhuma das suspeitas de desvios e superfaturamento que surgiram quando a comissão foi instalada, em março daquele ano. Guerra (PSDB-PE) e outro senador tucano Álvaro Dias (PSDB-PR) deixaram a CPI no final de outubro dizendo que o rolo compressor do governo barrava investigações sérias.

Segundo Costa, o então presidente do PSDB recebeu R$ 10 milhões para usar na campanha eleitoral para deputado federal em 2010. O tucano foi eleito como o sexto mais votado em Pernambuco.

Em setembro deste ano, a revista Veja foi condenada de forma unanime pelo TSE a conceder direito de resposta ao Partido dos trabalhadores, devido a reportagem  "O PT sob chantagem", que também tratava das denúncias referentes ao escândalo da Petrobras. O relator do caso no TSE questionou o fato da revista não apresentar qualquer elemento que comprovasse as acusações. Na ocasião, o advogado do partido, Gustavo Severo destacou o fato de que em momento algum a matéria deixou margem para a dúvida sobre a veracidade da denúncia, que foi tratada como "verdade absoluta".

Com Folhapress
Rádio Super

O que achou deste artigo?
Fechar

petrobras

Lula e Dilma sabiam de corrupção, diz 'Veja'; advogado de doleiro nega
Caracteres restantes: 300
* Estes campos são de preenchimento obrigatório
Log View