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Balanço

Carnaval de Belo Horizonte teve quatro roubos por hora

Segundo Polícia Militar, número desse tipo de crime caiu 42%, de 874, na festa de 2016, para 481

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Reforço. Cerca de 7.000 militares cuidaram do policiamento; em dias comuns, são 4.800
PUBLICADO EM 03/03/17 - 03h00

Belo Horizonte registrou uma média de quatro roubos por hora durante o período de Carnaval, porém houve uma redução de 42% nos registros desse tipo de crime na comparação com a folia do ano passado. Os números foram apresentados nessa quinta-feira (2) pela Polícia Militar. Levando em consideração a estimativa de público, que chegou a 3 milhões de pessoas, a taxa de roubos a cada 100 mil habitantes ficou abaixo até mesmo da média anual da cidade. Os homicídios e os crimes violentos também tiveram queda – o mesmo ocorreu na região metropolitana e no Estado como um todo.

Nos cinco dias de festa – de 24 a 28 de fevereiro – foram 481 roubos, contra 874 no Carnaval do ano passado. Somando os 3 milhões de foliões contabilizados pela prefeitura, foram 16 roubos por dia de festa a cada 100 mil pessoas. Considerando a média diária dessa modalidade de crime em todo 2016, a taxa ficou em 25 roubos a cada 100 mil habitantes.

Na avaliação do comandante do Comando de Policiamento de Capital (CPC), coronel Winston Costa, esse resultado foi alcançado graças ao aumento do efetivo durante o Carnaval. Foram 7.000 militares atuando em Belo Horizonte, quando em dias normais são 4.800. O policial também destacou que a estratégia de quadrantes (com a divisão dos blocos em microrregiões e a manutenção de militares fixos em cada uma delas) adotada neste ano criou uma maior visibilidade da Polícia Militar. “Isso possibilita que a polícia esteja presente durante todo o percurso do bloco. Essa visibilidade contínua gera um desestímulo dos atos criminosos”, explicou.

Apesar da comemoração com a queda, a subnotificação desse tipo de crime é uma realidade. “Meu filho teve o celular roubado a caminho de um show. Ele não chegou a fazer ocorrência”, contou Fabiana Guimarães, 37.

Homicídios. Além dos roubos, a capital também teve uma queda significativa no número de homicídios. Foram 14 no Carnaval passado e três neste ano, redução de 80%. “Essa visibilidade de policiais vai além da prevenção de crimes ligados ao Carnaval diretamente e também reflete em outras situações, como é caso dos assassinatos, que tiveram uma redução muito grande”, explicou o coronel Winston Costa.

Em Minas também houve redução tanto de roubos quanto de homicídios. Em todo o Estado, foram 1.674 assaltos, contra 2.299 no ano passado, uma queda de 25%. Já os assassinatos passaram de 86 para 59, uma redução de 31%.

O diretor de operações da PM, coronel Mauro Lopes, destacou que para alcançar uma redução maior nos índices de criminalidade nos próximos Carnavais é preciso ter uma maior preocupação com o deslocamento de pessoas e com o consumo de bebidas alcoólicas. “Para avançarmos ainda mais, precisamos que haja mais mecanismos de controle do fluxo de foliões e do consumo exagerado de bebida alcoólica, principalmente por menores”, avaliou.

Agressão. O homem suspeito de assediar e agredir uma jornalista no bloco Unidos do Samba do Queixinho prestou depoimento à Polícia Civil nessa quinta-feira (2). Ele negou que tenha atacado a jovem de 24 anos.


Saiba mais

Crimes. Agressões e roubos de celulares foram os mais comuns durante o Carnaval.

Praça da Estação. O coronel Winston Costa voltou a defender o cercamento de praças em grandes eventos. Ele citou o conflito na praça da Estação na terça-feira. “Temos que nos sentar com a prefeitura e nos direcionarmos para algo melhor. Na Virada Cultural fizemos o cercamento da praça da Estação e não tivemos problemas”.

Morro das Pedras. Sobre a prisão, na quarta-feira, de uma organizadora do bloco Arrasta Favela, no Morro das Pedras, o coronel afirmou que foi um fato isolado e que está sendo apurado. “Está sendo devidamente verificado. Temos uma filmagem. A ação não representa um todo, a corregedoria está apurando”, afirmou.


Estradas

Mortes crescem 69% nas BRs

O número de mortes nas estradas federais que cortam Minas cresceu 69% durante o feriado de Carnaval na comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2016, foram 13 óbitos nas BRs, contra 22 mortes registradas neste ano. O balanço foi divulgado nessa quinta-feira (2) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Somando as mortes nas estradas estaduais, foram 43 óbitos em rodovias mineiras.

Os números de acidentes e de feridos também subiram. Em 2016, foram 202 acidentes e 233 feridos, e, neste ano, foram 334 acidentes e 358 feridos – alta de 65% e 53%, respectivamente.

A corporação atribui o aumento da violência à forte chuva durante o feriado e à imprudência dos motoristas, que realizaram ultrapassagens perigosas e dirigiram em alta velocidade. Foram aplicadas 9.618 multas por excesso de velocidade e 1.352 por ultrapassagens proibidas.

MGs. Nas rodovias estaduais, foram 21 mortes – mesmo número registrado durante o feriado de 2016. Segundo a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), foram registrados 389 acidentes e 424 pessoas feridas. A corporação atribui as ocorrências à falta de atenção e à imprudência dos motoristas. Somente durante o feriado, foram 92 motoristas presos por embriaguez ao volante.

“O que vai de fato reduzir o número de mortes nas rodovias é o comportamento do motorista. Pode haver um número enorme de radares e a polícia realizar várias blitze. Mas se a consciência do motorista não caminhar no mesmo sentido, de respeitar as leis de trânsito, não adianta”, afirmou o coronel Mauro Lopes. (BM/ Natália Oliveira)

Rádio Super

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