Eleições em BH

Fabiano Cazeca aposta no potencial das redes sociais para promover campanha

Com pouco tempo no rádio e na TV e em meio a pandemia de coronavírus, postulante do Pros acredita que ferramenta será decisiva na disputa pela prefeitura da capital

Bruno Menezes
18/09/20 - 17h00

Entrar em uma campanha eleitoral em meio a pandemia de coronavírus vai exigir que os candidatos tenham que abandonar o “corpo a corpo” com os eleitores e criar novas estratégias para garantir votos. Desafio que o empresário e candidato à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) Fabiano Cazeca  (PROS), que tem 64 anos e, portanto, estaria no grupo de risco para a doença, terá que enfrentar nas eleições. 

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Outro problema é o pouco tempo de propaganda na TV e no Rádio. De acordo com o levantamento feito por O TEMPO, a previsão é de que o postulante tenha cerca de 26 segundos para apresentar suas propostas através dos veículos de comunicação. Segundo o empresário, a saída para compensar o pouco espaço será investir o máximo possível na campanha virtual, por meio das redes sociais. Para o trabalho, Cazeca afirma que vai contar com uma equipe jovem e experiente. 

“Contratamos os melhores do mercado para fazer a assessoria e nós vamos por aí, procurando os caminhos possíveis. As comunicações evoluíram bastante, principalmente na capital. Acho que as redes sociais terão uma importância muito grande nessa campanha e vamos utilizá-las da melhor maneira possível. Vamos usar tudo o que tivermos, mas teremos uma concentração maior nas redes sociais”, explicou Cazeca.  

No Divulgacand, a base de dados da Justiça Eleitoral, o candidato do Pros ainda não revelou a proposta completa de governo. Na sessão destinada ao documento há apenas uma introdução do que seria o plano e um resumo da história de Cazeca. Segundo ele, a proposta será apresentada em breve. “Aquilo é até uma estratégia. Você faz uma proposta que é uma exigência da Lei e depois é que a gente lança o programa completo para os debates”, explicou. 

Melhoria do transporte coletivo, enfrentamento aos problemas causados pelas chuvas e ampliação das Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis) de Belo Horizonte são alguns dos pontos que Cazeca destaca e que estariam no programa de governo. Gestor do setor privado há 47 anos, ele também pontua que é preciso construir, com urgência, um plano para socorrer os empresários da capital que tiveram prejuízos com a pandemia. 

“Quebraram mais de 15 mil empresas que deixaram cerca de 100 mil pessoas desempregadas. A prefeitura pode ajudar muito e eu pretendo fazer isso, claro, chegando lá como eu acho que vou chegar. Tentar trazer de volta essas empresas, porque elas tem uma utilidade para a população em geral. A maioria é comércio, faz falta. E também para reintegrar essas pessoas que foram demitidas em seus empregos. Vamos então fazer um trabalho para trazer esse pessoal de volta”, argumentou. 

Candidato

Empresário, administrador e advogado, Cazeca é natural de Itapecirica, na região Centro-Oeste do Estado. Dono de uma empresa de consórcios e suplente na Câmara dos Deputados pelo partido, ele declarou ter R$ 5.514.150 milhões em bens à Justiça Eleitoral neste ano. Nas eleições de 2018, quando se candidatou a deputado federal, mas não venceu o pleito, Cazeca havia declarado R$ 4.452.942,95 em bens. Ele foi o quarto postulante a oficializar a candidatura para concorrer ao Executivo de Belo Horizonte.

Na disputa, o Pros concorre ao lado do PTC na coligação "Competência que BH Precisa".