A saúde suplementar está na UTI, proclamou, na semana passada, um fórum promovido pela federação do setor. A causa é a crise econômica e as distorções existentes no segmento.
O setor atende 70 milhões de pessoas no Brasil, mas esse número está em declínio. Entre setembro de 2015 e setembro de 2016, 218 mil mineiros deixaram de ter plano de saúde.
A principal razão é que perderam o emprego. Sem o recurso da assistência privada, essa clientela tende a aumentar a demanda no Sistema Único de Saúde. Com o aumento da procura, a qualidade do atendimento público – que já é alvo de críticas dos usuários – tenderá a se agravar, pressionando mais os gestores.
A relação é direta: com menos empregos formais, há menos usuários de planos de saúde, em especial os corporativos, financiados pelo empregador e pelo empregado.
Já os planos individuais e familiares são impactados pela queda na renda das famílias, apesar de a saúde ser um dos últimos itens de que elas abrem mão.
Os planos corporativos são a maioria e constituem uma forma de remuneração indireta do trabalhador, retendo-o no emprego. São adotados por empresas de todos os portes. Mas quando emerge uma crise, as micro e pequenas empresas são as primeiras a cortar esse custo. Também entre setembro de 2015 e setembro de 2016, foram cancelados 1,2 milhão de planos corporativos.
O setor reclama uma discussão, talvez até uma reforma. Por causa das reclamações insistentes, na última sexta-feira, a ANS suspendeu a venda de 69 planos de 11 operadoras.
Exige-se que a assistência do sistema privado tenha a mesma amplitude do sistema público. Isso é dificultado porque a infraestrutura de saúde é desigualmente distribuída no país.
Outra questão é a remuneração médico-hospital. Esta é determinada pela quantidade de atendimentos, congestionando o sistema. É preciso ter um critério de qualidade.
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