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Emprego depende de investimento

Minas Gerais criou 88 mil empregos com carteira no primeiro trimestre

Por Editorial O TEMPO
Publicado em 02 de maio de 2024 | 07:00
 
 
 
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O Dia do Trabalho passou em Minas com uma boa notícia: a criação de 88 mil empregos com carteira no primeiro trimestre, segundo levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.  

Somente em março foram 40.796 vagas de saldo, no rasto da criação de 244,3 mil empregos formais em todo o Brasil. O setor de serviços puxou o vagão, com 17 mil, segundo pelo agronegócio e o comércio, que ainda contava com parte da mão de obra temporária contratada para as vendas de fim de ano e preparativos para o Carnaval de 2024. 

Mais empregos formais significam maior potencial de consumo das famílias e maior potencial de arrecadação para os cofres públicos. Mas essa escalada virtuosa depende de incentivos à produção e a novos investimentos privados, além de uma carga tributária menos onerosa. Essa é uma combinação que não parece apetecer ao governo federal e que em Minas vive à sombra ameaçadora dos impactos da cobrança da dívida com a União. 

A partir do próximo dia 10 de maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará, em plenário virtual, a liminar que garantiu a prorrogação do prazo até 20 de julho da quitação de parcela que pode chegar a R$ 2,36 bilhões nas contas dos técnicos do governo federal. 

O volume total do débito, em torno de R$ 165 bilhões, se retomada a cobrança integral e nos termos da União, seria um obstáculo quase intransponível aos investimentos necessários para criar condições de a iniciativa privada expandir seus negócios e, com isso, gerar mais empregos em todos os níveis. 

O governo do Estado fica na dependência de liminares judiciais e de uma boa vontade política no Legislativo Federal que, pelo menos, diminua o montante a ser pago. Infelizmente, ações aquém do tamanho do problema que se avizinha. 

O histórico protagonismo perdido por Minas na política nacional hoje tem um preço alto na solução da questão da dívida. E, não havendo bom termo, esse preço acabará sendo pago pelo trabalhador com o fim da bonança no emprego formal. 

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