As autoridades brasileiras foram surpreendidas, nesta semana, com a descoberta, pela Polícia Federal, de um grupo de cidadãos brasileiros que poderiam estar preparando ataques terroristas para ocorrerem durante os Jogos do Rio.
Investigados desde abril, os acusados foram presos, em dez Estados, mediante mandados da Justiça com base na nova lei antiterrorismo. Apesar de estarem em contato pela internet, os envolvidos nunca se encontraram pessoalmente.
Provavelmente, terão a oportunidade agora, presos numa penitenciária de Mato Grosso do Sul. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, os considerou amadores, embora ressalvasse que nenhuma ameaça deve ser ignorada.
De fato, o Brasil não está a salvo de um ataque terrorista, sobretudo agora, na iminência das Olimpíadas. Um dos fatores que movem esses grupos é a oportunidade de produzir um grande impacto em termos de propaganda.
Os envolvidos demonstravam que tinham sido atraídos pela propaganda do Estado Islâmico, embora não tivessem qualquer ligação hierárquica com ele. Tinham se convertido ao islamismo e usavam codinomes árabes.
Dois deles tinham estado no Egito para estudar a língua e a religião. Defendiam a intolerância racial, de gênero e religiosa. Aplaudiam os atos terroristas realizados no exterior e o uso que seus autores faziam de armas e bombas.
Provavelmente, são inocentes úteis, mas o Estado brasileiro não quis pagar para ver. Com base nas condutas que exibiam, agiu preventivamente. O fato tanto pode ter o efeito de inibir como o de estimular futuras ações do terror.
A existência desse grupo demonstra o enorme alcance do terrorismo hoje no mundo. Apesar da disseminação dos valores democráticos, o homem moderno tem motivos de sobra para se insurgir contra o Estado e a sociedade.
A justiça permanece intangível, apesar dos avanços da civilização. Diante da injustiça, um indivíduo malformado pode se converter a qualquer crença que lhe prometa a chance de fazer justiça com as próprias mãos. Hoje, é o EI.
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