Como o ovo e a galinha, a sociedade e a legislação sempre andaram juntas, sendo muito difícil distinguir quem veio primeiro. É óbvio que sabemos que a galinha veio primeiro que o ovo. Uma pergunta que contém características filosóficas, científicas, culturais e religiosas. Cientificamente, e segundo o dr. Colin Freeman, da Universidade de Sheffield, anteriormente suspeitava-se que o ovo veio primeiro. Mas, agora, ele e uma equipe de cientistas usaram um computador para analisar a casca dos ovos e descobriram que, para que ela se forme, uma proteína presente no útero da galinha é necessária. E eu, como criacionista, acredito piamente nisto, acredito que “No princípio criou Deus os céus e a Terra”, conforme escrito em Gênesis 1:1.
Assim, também, acreditamos que o homem não é uma evolução do macaco, como pensam os darwinistas. De forma semelhante, a sociedade veio primeiro e a legislação nasceu desta e para esta. É difícil separar a sociedade da legislação porque uma não vive sem a outra e com o tempo essa afirmação nos prega mais peças filosóficas. Podemos pensar, por exemplo, que no Brasil existem casais homoafetivos por que a lei permite essa união. Mas, não é assim. Os casais já existiam e agora só foram regularizados. Assim, a legislação mudou por causa da sociedade. Mais uma vez a sociedade influenciou a legislação como não poderia ser diferente. Lógico que estamos sendo rasos na discussão devido a limitação de espaço, mas também não temos dúvidas de que a cultura e obviamente a religião tem forte influência na sociedade e consequentemente na legislação.
Escrevo tudo isto para pensarmos melhor neste momento perigoso que vivemos no Brasil. Um momento onde pensamos; coitado do homem, branco, heterossexual. Temos leis para proteger as mulheres, os negros e uma luta incansável para defender os homossexuais. É tamanha a pressão que você pode falar em heterossexuais, mas não podemos utilizar a expressão homossexuais. Agora temos que falar homoafetivos. Você já ouviu algum heterosexual achar ruim de ser chamado assim? Vivemos um ativismo gay.
Durante quase oito anos a sociedade questionou o Projeto de Lei 122, que foi derrubado no fim de 2013. O objetivo desse projeto era criminalizar a discriminação de homossexuais. Antes disso tivemos a queda do projeto denominado “cura gay”, do qual era favorável, pois é um absurdo proibir um profissional atender quem lhe procura, seja por qual motivo for. O nome do projeto não foi dado pelo autor, mas, sim, pelos membros do PT – que votaram em peso, mas sem sucesso, para manutenção do PL 122.
O ativismo é tamanho que temos marchas espalhadas pelo país e datas comemorativas, como se fosse necessária uma autoafirmação. Para piorar, tivemos um evento absurdo no último dia 11, quando um jovem de 16 anos foi encontrado morto debaixo de um viaduto de São Paulo. Os primeiros registros policiais descreveram que foi suicídio, mas, como o jovem era gay, uma série de passeatas e demais manifestações dos defensores LGBTs se espalharam pelo país.
Para piorar, a ministra da Defesa dos Direitos Humanos publicou uma nota em repúdio ao crime homofóbico e descreveu vários atos em defesa a classe. E, como descrito inicialmente, depois de alguns dias de investigação, mesmo que ainda não concluída, um vídeo demonstra que o jovem estava sozinho minutos antes. Somado ao vídeo, o diário do jovem revela uma pessoa depressiva. O que levou a família, que inicialmente também alardeava um crime homofóbico, a concluir pelo suicídio.
Os sinais são muito claros, só por que o jovem encontrado morto era gay ele seria uma vítima de um crime homofóbico? Lógico que não. Mas não é essa mensagem que o ativismo gay quer passar. Será que temos que ter leis para isso? Será que homicídio não é homicídio? Sei que, como definia Montesquieu, o número de leis é diretamente proporcional à ignorância de um povo. Por tudo isso, devemos aprender a respeitar o próximo, mas o próximo também deve aprender a nos respeitar.
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