Minha situação está cada vez pior. Não tenho conseguido dormir direito. A fatura do cartão de crédito chegou, e, neste mês, não terei nem o valor mínimo para o pagamento. A fatura total já está em cerca de R$ 3.000. Acho que no fim do ano consegui piorar ainda mais minha situação. Acabei comprando alguns presentes e fiz uma ceia de Natal lá em casa convidando toda a minha família. E ainda estou devendo um dinheiro para um colega de serviço. Não sei nem por onde começar. Dê-me uma luz. Não quero mais sentir vergonha. (Irineu – Juatuba-MG)
Irineu, estar endividado não deve ser motivo de vergonha para ninguém. Até porque muitas pessoas acabam endividadas de uma forma inconsciente. O endividamento não foi uma escolha, é o resultado de hábitos financeiros que não são saudáveis. A principal causa de uma dívida é o desrespeito à lei mais importante da educação financeira que diz que só se pode gastar aquilo que se ganha. Se uma pessoa que ganha R$ 2.000 por mês, gasta R$ 3.000, ela terá de se endividar para equilibrar essa equação.
É preciso combater a dívida, pois viver endividado traz uma série de problemas, inclusive para a saúde e relacionamentos. E por onde começar? O primeiro, e talvez mais importante passo, é acabar com aquilo que deu origem à dívida. É o desequilíbrio orçamentário. Tem de se cortar gastos ou aumentar ganhos (se possível até fazer as duas coisas). Pode ser duro, mas é imprescindível. E poucos dos endividados fazem isso. Acreditam que bastará conseguir um novo empréstimo ou renegociar suas dívidas. Mas pouco depois já precisarão de mais dinheiro, uma vez que continuam gastando mais do que ganham.
Equilibrado o orçamento é hora de enfrentar a fera. Uma alternativa pode ser buscar uma linha de crédito mais barata. Você disse que está devendo ao cartão de crédito. Essa fonte de crédito tem as maiores taxas de juros do mercado. E a taxa de juros é o maior inimigo do devedor. Quanto maior, mais rapidamente crescerá a dívida. Os bancos oferecem linhas de crédito pessoal com juros mais baixos que os do cartão de crédito. Mas é importante que no seu orçamento possa caber o valor da parcela do empréstimo. Caso contrário você estará cobrindo um pé, mas descobrindo o outro.
Outra possibilidade é renegociar com a administradora do seu cartão de crédito, buscando uma diminuição dos juros e um parcelamento do débito. Mas antes de iniciar a negociação é importante levantar as suas possibilidades. Qual o valor de parcela caberá em seu orçamento? Se o orçamento está todo comprometido, é importante buscar cortar ou diminuir alguma despesa para que se possa encaixar o valor da prestação do acordo. Não saber os limites do orçamento é o maior erro de muitos que buscam uma renegociação. Acabam aceitando uma proposta que está além das suas possibilidades. Podem até conseguir honrá-la por um curto período, mas logo ficarão inadimplentes novamente.
Um 2015 de hábitos financeiros saudáveis para você e para todos os nossos leitores.
Neste ano, continuo com a promoção do livro “Meu Dinheiro”, buscando que mais pessoas possam adquiri-lo. Os leitores interessados podem me enviar um e-mail, que retorno com as indicações de como proceder. No livro, são discutidos temas importantes sobre finanças pessoais de uma forma que ajude os leitores a melhorar o seu relacionamento com o dinheiro. Também estão disponíveis os livros de educação financeira infantil da série “Meu Dinheirinho”.
Mandem dúvidas e sugestões para o e-mail carloseduardo@harpiafinanceiro.com.br.
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