A crise econômica em curso tem levado os brasileiros a mudar seus hábitos de consumo. De acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentada no mês de agosto, a situação econômica fez com que 24% das pessoas vendessem bens para pagar dívidas e 19% mudassem de casa para reduzir o custo com habitação. Ainda segundo o estudo, houve a troca de serviços particulares por públicos. Quase metade dos brasileiros, 48%, passou a usar mais o transporte público, 34% deixaram de ter plano de saúde e 14% mudaram os filhos de escolas da rede privada para colégios da rede pública em todo o Brasil. A entidade ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios no final do mês de junho.
Os estudos mostraram ainda que a turbulência econômica afetou as escolhas dos consumidores, 78% passaram a trocar produtos por similares mais baratos; 80% esperaram as liquidações para comprar bens de maior valor; e 78% pouparam mais para o caso de necessidade. As pessoas estão pesquisando mais antes de adquirir bens e serviços (93%). Também foi verificado maior sacrifício para quitar débitos: 67% estão com dificuldades de pagar contas ou compras a crédito.
O desemprego também tem afetado as famílias. De cada cem entrevistados, 57 disseram que alguém da família ficou sem emprego. O volume é maior que o verificado na pesquisa anterior, de 44%. Segundo a CNI, 80% dos entrevistados disseram que se preocupam em perder o emprego, ficar sem trabalho ou ter que fechar o negócio nos próximos 12 meses, e 84% se preocupam em perder o atual padrão de vida. Mais da metade dos brasileiros, 56%, busca trabalho extra para complementar a renda.
Segundo a CNI, os brasileiros percebem piora na situação econômica do país. Para 71% das pessoas, o cenário do Brasil está ruim ou péssimo. Em junho de 2015, antes do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, o percentual era menor, de 66%, e em 2013, de 21%. Mas, para 73% das pessoas, a crise chegou ao fundo do poço e 43% acreditam que a economia estará melhor em 12 meses.
O estudo mostra que a crise afetou bastante o orçamento das famílias. Ela trouxe notícias ruins tanto para os ganhos quanto para os gastos. Desemprego e queda dos salários reais diminuem a renda da população. A inflação pressiona os gastos domésticos. Em muitos produtos e serviços, como planos de saúde, os aumentos estão sendo bem superiores à inflação do período. A única saída então é cortar gastos ou encontrar alternativas mais baratas. Caso contrário, com renda em queda e gastos em alta, o desequilíbrio financeiro será uma realidade. E como consequência dele surge o endividamento que transforma negativamente não somente a vida financeira de uma família, mas acaba comprometendo toda a tranquilidade do lar.
Existe um ditado popular que diz que existem duas formas de se aprender: pelo amor e pela dor. Infelizmente, os brasileiros estão aprendendo hábitos financeiros mais saudáveis com as dores trazidas pela crise econômica.
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