Em abril de 2011, escrevi uma coluna em que comecei expondo meu descontentamento com o governo de seu “criador”, que não se constrangeu em eleger como seus os programas sociais do governo anterior, que menosprezou a constituição e transformou a política em uma jogatina sem regras, pregando a insubordinação e a mentira em nome de seu projeto criminoso de poder. Na época, disse que a senhora só venceu a eleição devido à força monumental da máquina de propaganda petista, criada para iludir esta nação que desconhece, ou conhece muito pouco, nossas entranhas políticas. Disse ainda que seus votos pertenceram à desinformação, ao analfabetismo, ao oportunismo, ao clientelismo, aos ávidos por benesses no poder e à utopia dos bem intencionados, mas funcionalmente equivocados. Mas ainda assim não quis julgá-la pelos seus primeiros cem dias de governo.
Ao contrário, senhora presidente, torci para que, como mulher, a senhora fosse eternizada pela força da razão e a coragem de mudar. Pedi que trabalhasse para que seu legado jamais se perdesse com o tempo. Que não se pautasse pela ideologia do estatismo apodrecido, que exigisse uma reforma pró-mercado, que estancasse o sangramento tributário e que mostrasse, enfim, a força de suas saias, esperneando contra a burocracia, a má educação e tantos outros empecilhos que nunca foram seriamente discutidos nas gestões masculinas. Senhora presidente, eu não tenho problema em assumir meus erros, por isso, posso falar abertamente que fui um grande idiota em acreditar que poderia melhorar de alguma forma o cenário tenebroso que seu partido montou no palco do teatro Brasil.
A senhora é teimosa e não admite seus erros de avaliação. Amante do regime castrista, sua luta pela construção do socialismo vermelho e a insistência na política intervencionista está nos levando ao abismo econômico-social. Vamos ser claros, a senhora e seu partido se pautam pelas mentiras e a enganação rasteira. Vocês são corruptos incorrigíveis, não manipulam apenas os números da economia, manipulam a mente dos incapazes, ora se fingindo de salvadores do povo, ora se fingindo de vítimas da “elite burguesa”, chega a dar nojo. O PT tem um grande apoio popular e, por consequência, uma enorme força política que poderia levar este país a um futuro promissor, porém, peca por sua absoluta ignorância e uma ambição de poder jamais vista em nossa história. Mas não cederemos tão facilmente, e sua ganância extremada nos leva a uma frase de Oscar Wilde: “A ganância é o último recurso do fracasso”.
Entre a gente