Já estamos familiarizado o suficiente com as redes sociais para saber das suas potencialidades e dos seus perigos. Ainda assim há quem ainda use a ferramenta sem o menor cuidado, atenção, ética e respeito ao outro.
Tem o estudante que se empolga com a frase do deputado machista e posta uma foto dele com um cartaz que diz: “Eu estupraria a Maria do Rosário... mas com os dedos, porque com aquela cara nem com viagra na veia”.
Depois da repercussão negativa, pede desculpas e diz ter se tratado de uma “brincadeira de mau gosto” e que “estupro não deveria existir”. Tarde demais. Perdeu o estágio.
Tem a professora da PUC que posta uma foto de um homem de bermuda e regata, seguida dos dizeres: “aeroporto ou rodoviária?”. Se empolga com os comentários favoráveis dos colegas de rede e publica: “O pior é que o Mr. Rodoviária está no meu voo. Ao menos, não do meu lado”.
Ela também pede desculpas, é obrigada a desativar sua conta no Facebook e é afastada por um tempo de suas funções dentro do departamento de letras da PUC.
No mesmo post, o reitor de uma universidade também se manifesta: “acabou o glamour”. Ele também se desculpa, dizendo que se referia ao estado do aeroporto e não ao homem.
O caso mais recente, porém, é ainda mais bizarro por envolver duas renomadas jornalistas, sexagenárias, sendo uma delas uma pioneira no uso da internet do Brasil. Como se não tivessem nada melhor para fazer, comentam o modelito da presidente Dilma Rousseff, durante a posse, de forma jocosa no Twitter.
“Eu fico impressionada com a deselegância – do vestir, do andar, do jeito de ser”, disse uma.
“A cor nude é bonita… mas o andar”, responde a outra.
As duas são imediatamente achincalhadas por internautas, que as lembram que nenhuma delas é um exemplo de elegância. E depois por artigos de gente como Leonardo Boff, que chega a dizer que elas precisavam se olhar no espelho.
E, então, como o estudante, a professora e o reitor, a jornalista que começou a polêmica publica um pedido de desculpas. “Errei”, disse ela. “O fato de ela estar ou não elegante não tem muita importância, nem é fator pelo qual se deva julgá-la... Me arrependi de ter escrito o que escrevi”, completa.
Novamente, tarde demais. O estrago já estava feito. A jornalista, como todos os outros, ao ceder ao frisson de expor o outro ao ridículo, esqueceu-se de que a exposta seria ela.
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