Tenho tido cada vez mais a sensação de ter entrado em um DeLorean DMC-12 e, algo deu errado. E como o garoto do “De Volta para Futuro” vivo, então, em uma realidade paralela. Uma dimensão em que políticos sem pudor e sem responsabilidade lidam com a coisa pública como se ela fosse um brinquedinho que serve aos seus próprios interesses. E vale tudo. Vingança, chantagem, mentira, burlar regulamento, mudar a regra do jogo, acabar com direitos adquiridos, dar uma banana para a Constituição e destruir a democracia. Nessa realidade, não se leva em conta nada a não ser manter-se no poder, mesmo que esse poder esteja com os dias contados – ou até por isso. “Antes de sair, vamos jogar merda no ventilador”, diria o todo-poderoso com cara de vilão de desenho animado, que neste momento deveria estar preso por lavagem de dinheiro.
Nessa dimensão em que nada parece ter sentido, surge uma carta que, embora escrita por um senhor de larga experiência na política e que exerce um cargo importantíssimo, parece ter saído das mãos de um adolescente com problemas de auto-estima. Uma carta que era para ser confidencial e, ora vejam, se torna pública. E os jornais “manchetam” o vazamento da missiva e os especialistas analisam o seu conteúdo.
Nessa realidade paralela, outros governantes lutam para fechar escolas e jovens ainda sem idade para votar brigam para impedir que isso aconteça. São espancados, algemados, humilhados detidos, ameaçados. Embora, exista uma lei seriíssima contra quem pratica esse atos contra adolescentes, nada acontece. O todo-poderoso que mandou espancar, algemar, humilhar, ameaçar não é preso nem sequer processado. E até diz que esses jovens estavam fazendo “Uma nítida ação política”.
Isso é no macro. E há ainda os absurdos do microcosmo, em que se ouve de pessoas mais ou menos importantes, por exemplo, que a questão do negro é algo superado no Brasil.
Quero um Christopher Lloyd, com sua cara de maluco beleza, que venha me salvar e me colocar na rota correta. Não quero viagem para o futuro nem para o passado, mas um presente mais palatável, menos indigesto, mais justo, menos non sense.
Ou, então, vamos fugir, baby pra outro lugar, baby...
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