A Taça Brasil de 1966 foi o primeiro título nacional do Cruzeiro. A Raposa mostrou para o país um time respeitado, conquistando em cima do Santos de Pelé o troféu de maneira invicta. Na quarta-feira, a conquista completou 50 anos. O título valorizou os jogadores, o clube e também o futebol mineiro.
A estreia foi em Campos contra o Americano: 4 a 0 (gols de Tostão, Natal, Zé Carlos e Evaldo). O jogo de volta, no Mineirão, foi 6 a 2. O segundo adversário foi o Grêmio: 0 a 0, no Olímpico, e 2 a 1, no Mineirão. Depois foi a vez do Fluminense: 1 a 0, no Mineirão, gol de Evaldo, e 3 a 1, no Maracanã, com mais dois de Evaldo.
O Cruzeiro estava na finalíssima contra o Santos. O primeiro jogo foi no no Mineirão: 6 a 2 – gols de Zé Carlos (contra), Natal, Dirceu Lopes (3) e Tostão. Em São Paulo, o Cruzeiro venceu de virada: 3 a 2 (Pelé e Toninho fizeram para o Santos; Tostão de falta, Dirceu Lopes e Natal marcaram para o campeão.
Depois de conquistar a Taça Brasil, cada um foi comemorar da sua maneira. Evaldo, Natal e Hilton Oliveira foram assistir ao show do cantor Tite, ex-ponta-esquerda do Santos.
Titulares
RAUL: Mesmo sem gostar de treinar, era um excelente goleiro, de técnica apurada e crescia nos jogos decisivos.
PEDRO PAULO: Jogava como volante no juvenil. Era pau puro, não importava o adversário, no Mineirão ou no interior. Nunca deu mole. No intervalo da segunda partida, quando o Santos estava vencendo de 2 a 0, Mendonça Falcão (presidente da Federação Paulista) e Athiê Jorge Curi (presidente do Santos) já falavam em marcar a terceira partida para o Maracanã. Pedro Paulo expulsou os cartolas paulistas e afirmou: “Vamos vencer esse jogo!”
WILLIAN: Jogava impondo respeito e falando alto.
PROCÓPIO: Zagueiro-artilheiro. Por ter sido atacante, tinha facilidade para fazer gols.
NECO: Excelente. Muito regular, um dos grandes na posição.
PIAZZA: Excelente na marcação, sabia desarmar o adversário sem cometer falta. Foi muito importante nos dois jogos, já que dava o primeiro combate a Pelé.
DIRCEU LOPES: Um jogador fantástico, craque na acepção da palavra. Rápido, inteligente, imarcável.
TOSTÃO : Era um gênio, o cérebro do time. Jogava e já antevia a jogada.
NATAL: Os laterais ficavam perdidos com a velocidade. Fazia bons lançamentos e gostava de fazer gols.
EVALDO: Muito inteligente, era inventor dos espaços. Jogava com ou sem a bola. Abria as defesas para que Dirceu Lopes e Tostão tivessem liberdade para jogar. Foi o artilheiro com seis gols.
HILTON OLIVEIRA: Driblador, preferia passar a bola para um companheiro fazer o gol.
Participaram da campanha:
TONHO: Entrou no decorrer de uma partida. Raul não deixava.
CLÁUDIO: Era o titular, mas perdeu a posição para Procópio.
ILTON CHAVES: Eficiente no combate, muito lutador. Entrou em dois jogos nas laterais.
ZÉ CARLOS: Jogava como se estivesse almoçando.
WILSON ALMEIDA: Atrevido, valente, não era medroso
MARCO ANTÔNIO: Habilidoso, tinha um chute forte e muita velocidade. Fez um gol de carrinho contra o Grêmio, que deu a arrancada para o título.
DALMAR: Ponta-esquerda de chute forte.
AYRTON MOREIRA: Era superintendente da sede campestre e foi promovido a treinador. Pelo Menos, não atrapalhava.
ANDORINHA: Era o massagista. Dava piques para atender os jogadores como se estivesse disputando uma prova de atletismo. Tinha um sítio. Ficava com as mãos grossas, e os jogadores evitavam as massagens.
MÉDICOS: Joaquim Daniel, que era ginecologista, e o ortopedista José Vicente, eram eficientes.
A dobradinha FELÍCIO BRANDI (presidente) e CARMINE FURLETTI (diretor de futebol) comandou o Cruzeiro na década de 1960. Apaixonados pelo clube, tomavam as decisões em conjunto e – ao contrário de hoje – colocaram dinheiro do próprio bolso no clube. Na época, não tinha dinheiro da TV, patrocínio nas camisas, nem contrato com fornecedor de material esportivo. Brandi e Furletti formaram um dos maiores times do Cruzeiro, que conquistou também a Copa Libertadores e vários títulos mineiros.
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