Ronaldo Guiaro, 43 anos, está entre os ex-jogadores do Atlético que também vestiram a camisa da seleção brasileira. Paulista de Piracicaba, ele começou no Guarani de Campinas e, aos 19 anos, veio para o Galo por empréstimo, em 1995. Jogou muita bola e foi contratado em definitivo. Na época em que nem existiam as redes sociais, os torcedores fizeram um movimento que repercutiu bastante: “Fica, Ronaldo”. A campanha ajudou o Galo a manter o zagueiro, que foi adquirido em definitivo.
Ronaldo percebeu como era querido pelos torcedores, o que o deixou muito feliz, principalmente por poder continuar no Atlético. Mais tarde, depois de muitas confusões com o presidente Paulo Cury, Ronaldo achou que era melhor ser negociado. “Eu não concordava com a forma como era gerido o futebol, com atraso de salários de até três meses”, conta.
Então, Ronaldo foi negociado com o Benfica. Depois de cinco anos em Portugal, se transferiu para o Besiktas, da Turquia, e, posteriormente, retornou ao Brasil para jogar no Santos. Voltou depois ao futebol europeu, tendo defendido o Aris de Salonica, da Grécia, e se aposentou em 2011. “Mas eu continuo torcendo para o Atlético em todos os jogos”, diz Ronaldo Guiaro, que gostava de jogar clássicos. “Era um momento bonito, o Mineirão lotado. A motivação era maior”, diz.
O zagueiro ficava com vergonha de sair de casa quando o Galo perdia um clássico. Quando ele jogou no Atlético, a estrutura do clube era muito diferente. Hoje, ele elogia o quanto o clube se estruturou. “A Cidade do Galo é um centro de treinamento incrível, com tudo de que se necessita para trabalhar. E o clube paga bons salários, e em dia. O importante é que contribuímos para o crescimento e o desenvolvimento desse clube maravilhoso.”
Acidente com aliança. Ronaldo Guiaro sofreu um acidente de trabalho inusitado quando jogava no Atlético. Ele prendeu o dedo com a aliança de noivado na trave, e um dos ganchos entrou em seu dedo. Com isso, teve que fazer três cirurgias na mão direita e não teve condições de atender à convocação da seleção brasileira. Depois disso, o zagueiro passou a jogar sem aliança, com a concordância de Juliana, sua noiva.
Campeão mineiro e melhor zagueiro
Campeão mineiro em 1995, Ronaldo Guiaro foi o melhor zagueiro daquela temporada. Nos Jogos Olímpicos de Atenas, ele formou a zaga da seleção brasileira com Aldair e ficou com a medalha de bronze. Mas o ex-jogador lamenta não ter disputado uma Copa do Mundo.
Ronaldo mora em Piracicaba (SP) e pretende seguir carreira como treinador. Para isso, vem fazendo curso na Confederação Brasileira de Futebol.
Ele considera o técnico Tite muito inteligente e diz que o treinador conseguiu dar padrão de jogo para a seleção brasileira. Para Ronaldo Guiaro, a defesa do Brasil é bem protegida.
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