Eleições
PP muda para apoiar Pacheco
Ex-governador Alberto Pinto Coelho deixa o comando da legenda, que busca vice em chapa do DEM
Uma articulação de última hora trocou o comando do PP em Minas, implodiu a pré-candidatura do ex-deputado Dinis Pinheiro ao governo do Estado pela legenda e lançou o partido para uma aliança com o deputado federal Rodrigo Pacheco, hoje no MDB, mas que deve disputar o Palácio da Liberdade pelo DEM.
A reunião que definiu as mudanças, realizada na noite de anteontem, em Brasília, teve briga e provocou a desfiliação do ex-governador e até então dirigente da sigla, Alberto Pinto Coelho. Depois do desgaste, o PP pode pleitear a indicação de vice na chapa. “Fizemos a reunião para definir novos rumos e dar uma oxigenada no PP de Minas. Não queremos um partido de uma pessoa só. A ideia é procurar novas pessoas, fortalecer o partido e até mesmo negociar uma vaga de vice-governador”, disse o deputado federal Renzo Braz, que assumiu o PP em Minas.
Reviravolta. Sob liderança de Alberto Pinto Coelho, o PP estava apoiando a candidatura de Dinis Pinheiro e a aproximação com o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB). A costura desagradou à bancada federal e foi a gota d’água para a decisão do partido de tomar novo rumo, liderado pelo deputado Luiz Fernando Faria, que, agora, articula o apoio a Pacheco.
7Brasília. Pré-candidato ao governo de Minas Gerais, o deputado federal Rodrigo Pacheco (MDB-MG) afirmou, na noite de quarta-feira, não ter objeção em apoiar a candidatura presidencial do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). O parlamentar está de malas prontas para o DEM, partido pelo qual deverá se candidatar à sucessão mineira.
Uma chapa PSDB-DEM no Estado, porém, esbarra na situação do senador Aécio Neves (PSDB). Pacheco já relatou a aliados que não aceitaria ter o tucano como candidato ao Senado na chapa. “Não é que não caiba Aécio (no palanque eleitoral). A questão do Aécio tem de ser resolvida no âmbito do partido dele, o PSDB. O PSDB precisa definir qual caminho pretende seguir para depois podermos definir a possibilidade de composição com o PSDB”, diz.
Ao mesmo tempo em que faz ressalvas a Aécio, Pacheco cita o também tucano Antonio Anastasia (PSDB-MG) como um bom nome para uma aliança. “Eu desejo ser governador de Minas e espero muito o apoio do senador Anastasia”, afirmou.
Pacheco disse que o apoio à candidatura presidencial de Geraldo Alckmin em Minas Gerais depende de decisão de seu futuro partido – Rodrigo Maia pode ser candidato –, mas que ele não se colocaria contra.
7Brasília. Pré-candidato à Presidência, Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, vai ter a palavra final sobre candidaturas do PSDB aos governos estaduais. Segundo aliados do tucano, a ideia é usar uma resolução partidária de 2014 que deu carta branca à executiva do partido para promover intervenções nos diretórios regionais quando necessário.
Naquele ano, o senador Aécio Neves era presidente do PSDB e pré-candidato ao Palácio do Planalto, assim como Alckmin agora. A proposta foi aprovada na época pelo diretório nacional, apesar de sofrer forte resistência interna. A preocupação no entorno de Alckmin é que ele fique sem palanques fortes nos principais colégios eleitorais do país. O PSDB não tem opções competitivas em Minas Gerais, Rio, Bahia e Pernambuco, que representam 30% do eleitorado nacional.
Potenciais aliados do PSDB na eleição presidencial, PSD, DEM, PSB e PPS devem apresentar ao governador paulista suas listas de prioridades regionais. Essa equação será decisiva para os tucanos.
Minas é a maior preocupação, por representar 10,6% do eleitorado. Com a negativa do DEM de incorporar Aécio Neves ao Senado, na chapa de Rodrigo Pacheco, a busca é para convencer Antonio Anastasia a se candidatar.
Novos rumos
Abrigo. Nos bastidores, discute-se agora em qual sigla o ex-PP Alberto
Pinto Coelho encontrará abrigo. As possibilidades são a filiação ao Solidariedade (SD), como Dinis Pinheiro, ou ao PTB.
Chegada
“Fizemos a reunião para definir novos rumos e dar uma oxigenada no PP de Minas. Não queremos um partido de uma pessoa só. A ideia é fazer algo diferente, filiar novas pessoas, conversar com outros grupos, outras lideranças para fortalecer o partido. Não ficar de um lado só. São várias as possibilidades, como negociar uma vaga de vice-governador.”
Renzo Braz
Presidente do PP-MG
Partida
“Comunico que já informei, de maneira irrevogável, ao diretório nacional minha desfiliação do Partido Progressista. Em minha decisão está, por um lado, o repúdio ao oportunismo e à visão personalista que têm levado partidos ao descompromisso com sua história e com aqueles que integram as suas fileiras, deixando lideranças regionais e municipais à mercê de interesses congressuais.”
Alberto Pinto Coelho
Ex-presidente do PP
Aécio é questão do PSDB, diz Pacheco
Brasília. Pré-candidato ao governo de Minas Gerais, o deputado federal Rodrigo Pacheco (MDB-MG) afirmou, na noite de quarta-feira, não ter objeção em apoiar a candidatura presidencial do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). O parlamentar está de malas prontas para o DEM, partido pelo qual deverá se candidatar à sucessão mineira.
Uma chapa PSDB-DEM no Estado, porém, esbarra na situação do senador Aécio Neves (PSDB). Pacheco já relatou a aliados que não aceitaria ter o tucano como candidato ao Senado na chapa. “Não é que não caiba Aécio (no palanque eleitoral). A questão do Aécio tem de ser resolvida no âmbito do partido dele, o PSDB. O PSDB precisa definir qual caminho pretende seguir para depois podermos definir a possibilidade de composição com o PSDB”, diz.
Ao mesmo tempo em que faz ressalvas a Aécio, Pacheco cita o também tucano Antonio Anastasia (PSDB-MG) como um bom nome para uma aliança. “Eu desejo ser governador de Minas e espero muito o apoio do senador Anastasia”, afirmou.
Pacheco disse que o apoio à candidatura presidencial de Geraldo Alckmin em Minas Gerais depende de decisão de seu futuro partido – Rodrigo Maia pode ser candidato –, mas que ele não se colocaria contra.
---
O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.
Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.
Eleições