Você já se perguntou o que significam todos aqueles números e letras que aparecem na lateral dos pneus? Muito além dos aspectos físicos, a leitura dessas informações é fundamental para o uso correto e seguro do equipamento essencial em qualquer veículo.

A pedido do AUTOTEMPO, a marca Bridgestone, uma das maiores fabricantes de pneus do mundo, nos forneceu um guia completo para você entender tudo sobre o que está escrito nas laterais dos pneus.

Um pneu conta uma história

Um pneu carrega consigo diversas informações sobre suas características e usos. Essa história pode ser dividida em 8 blocos de informações, facilmente localizáveis no pneu. São dados como marca, modelo, sentido de rotação e índice de carga, fundamentais para a utilização correta e segura do produto:

Marca: O nome da marca fabricante é o primeiro ponto que deve ser observado. A marca de um pneu diz muito sobre sua qualidade. 

Modelo: O segundo ponto é a identificação do modelo do pneu, facilitando a troca ou reposição. Alguns modelos de pneu da Bridgestone, por exemplo, são o Turanza T005, Alenza 001 e o Ecopia EP150, dentre diversos outros.

Indicador de desgaste (TWI): São os ressaltos de borracha que ficam nos sulcos dos pneus e possuem 1,6 mm de profundidade. Quando chegam ao limite, sinalizam que o pneu deve ser trocado.  

Sentido de Rotação: Trata-se de setas que indicam qual a direção correta para o pneu rodar, quando o pneu possui um desenho direcional. Como o consumidor não manuseia os pneus já colocados nas rodas, poucos prestam atenção neste detalhe.

Data de fabricação (DOT): Conjunto de 11 dígitos, dos quais os 4 últimos números informam a semana e o ano em que o pneu foi fabricado. Por exemplo, um pneu que tenha a sequência 1223 foi fabricado na 12ª semana do ano de 2023. 

Indicador de posição: Em caso de pneus assimétricos, esta sinalização mostra a posição em que ele deve ser colocado na roda, diferenciando as partes externa e interna.

Medida: Largura da seção do pneu é normalmente determinada em milímetros, é a medida de largura dos pneus. Tomando como base os veículos de passeio, essas dimensões podem variar normalmente entre 165, 175, 185, 195 até 315.

A altura, por sua vez, é o número seguinte e expressa a porcentagem em relação à largura. Por exemplo, se o pneu tem o número 45, e possui a largura 205, significa que o produto possui uma altura de 45% de 205, ou seja, a altura é de aproximadamente 92 mm.

Quanto maior o número, mais alto é o perfil do pneu. A letra seguinte indica o tipo de construção. Pode ser designada por um R (Radial) ou D ou sem indicação (Diagonal).

Normalmente, os pneus tipo R têm cintas feitas em aço, gerando maior rigidez e durabilidade. Os modelos diagonais não possuem cintas de aço. O último número, de dois dígitos, é a medida do aro, em polegadas.

Índice de Carga e Símbolo de Velocidade: O índice de carga é um número de 2 ou 3 dígitos que corresponde à carga máxima que o pneu pode suportar.

Ele é seguido por uma letra que é o símbolo de velocidade e que informa a velocidade máxima que o pneu pode suportar quando sujeito à carga máxima.

Para descobrir a carga suportada em kg, ou a qual velocidade corresponde a letra informada, o usuário pode consultar o manual técnico da Alapa, que está disponível gratuitamente.
 

Pneu tem validade?

Roberto Ayala, gerente de engenharia da Bridgestone, destaca que o consumidor deve sempre ficar atento ao estado dos pneus.

“O produto costuma dar sinais de quando a sua vida útil está perto do fim. Muitos motoristas ficam na dúvida sobre qual modelo escolher. Recomendamos ficar atento às informações do manual do veículo, pois cada automóvel tem um pneu específico”, comenta o especialista.

Oficialmente, pneus não tem data de validade determinada, no entanto, a maioria dos fabricantes recomenda a substituição dos mesmos em, no máximo, 10 anos, independentemente do estado de conservação.

“Conhecer e manter as características do pneu é um dos principais cuidados que se deve ter na hora de adquirir um pneu novo para não correr o risco de perda de desempenho do veículo”, conclui Ayala.