Muitos motoristas acreditam que colocar mais óleo do que o recomendado no motor do carro pode ser uma forma de garantir uma lubrificação extra e proteger o motor.

No entanto, essa prática pode trazer sérias consequências, como explicou para o AUTOTEMPO José Cesário Neto, coordenador de capacitação e suporte técnico da Mobil, famosa marca multinacional de lubrificantes com atuação no Brasil.

Os perigos do excesso de óleo

Ao contrário do que se pensa, o excesso de óleo pode causar diversos problemas ao motor, como:

  • Formação de bolhas: O excesso de óleo no cárter faz com que o virabrequim crie bolhas de ar, diminuindo a eficácia da lubrificação e aumentando o atrito entre as peças.
  • Aumento da pressão interna: A pressão excessiva no motor pode causar vazamentos e danificar peças internas.
  • Aquecimento excessivo: A lubrificação inadequada pode levar ao superaquecimento do motor, reduzindo sua vida útil.
  • Contaminação do catalisador: O óleo em excesso pode ser arrastado para o sistema de escapamento, contaminando o catalisador e prejudicando o desempenho do motor.
  • Aumento do consumo de combustível: O motor trabalha com mais dificuldade, aumentando o consumo de combustível.

Como evitar os problemas?

Segundo o especialista da Mobil, para evitar esses problemas, é fundamental seguir as recomendações do fabricante do veículo e verificar o nível de óleo regularmente. Caso o nível esteja acima do recomendado, é necessário drenar o excesso de óleo de forma segura.

A manutenção preventiva é essencial para garantir o bom funcionamento do motor e evitar problemas futuros. Além de verificar o nível de óleo, é importante trocar o óleo e o filtro de óleo regularmente, conforme as recomendações do fabricante.